Como toda a gente sabe, a Formula 1 tem este ano uma nova gerência. Chase Carey, Sean Bratches e Ross Brawn fazem o trabalho que antes era feito por Bernie Ecclestone. E desde que lá chegaram têm falado de mudanças na organização, quer em termos de calendário, quer em termos de organização, desde transmissões televisivas até a interação com os pilotos, e com as redes sociais.
Contudo, com a chegada destes novos membros que há questões pertinentes, e uma delas têm a ver com os destinos mais... controversos. Ontem, mostraram-se fotografias da reunião que Carey teve com Reçep Tayip Erdogan, o presidente da Turquia, e a ideia de um regresso pairou no ar. Ora, naquele país, irá haver um referendo dento de alguns dias e a ideia do presidente ficar com o poder executivo é bem real, e muitos dizem que é o passo final para uma ditadura.
Mas não é só a Turquia que pode regressar - talvez em 2018. Esta e a semana em que estamos no Bahrein, a primeira das duas corridas noturnas no calendário, e no final do mês estarão na Rússia, a terra governada por Vladimir Putin, e que também não é propriamente amigo da democracia e do estado de direito. O Bahrein, pequeno emirado de pouco mais de milhão e meio de habitantes, passou por sarilhos em 2011, com o povo a revoltar-se contra a classe dominante, aproveitando a "Primavera Árabe". A corrida foi cancelada nesse ano, mas regressou com muita controvérsia e apelos ao boicote, em 2012, sem efeito porque o pessoal que geria a Formula 1 não quer saber muito de politica, desde que paguem o dinheiro.
Mas, como sabem, há nova gerência. E a grande pergunta é: iremos ver mais do mesmo? É provável que sim, daquilo que vimos da reunião com os turcos. E como os países do Golfo vão continuar a cumprir contratos e a pagar o que pedem, não creio que haja alterações.
Contudo... o que aconteceria se tivessem numa situação complicada? Algo semelhante ao que acontecia nos anos 80, quando iam à África do Sul, no tempo do apartheid, do governo da minoria branca? É certo e sabido que a FIA foi a última a ceder nesse campo, que só em 1985, a Formula 1 descobriu que correr em Kyalami era um embaraço de ordem mundial e colocava a sua categoria nas noticias pelas piores razões? Agora, está tudo calmo, mas num mundo em ebulição como é o nosso, agora, o que aconteceria com o GP da Rússia, caso o "titio Putin" decidisse fazer mais algumas expansões nas suas fronteiras, como fez com a Crimeia? A nova gerência iria largar os rublos russos tão facilmente?
Esta nova liderança deve saber que existem alguns "elefantes" na sala, em maior ou menor grau. Se a entrada da França é bem-vinda, a possível entrada turca pode ser um embaraço maior, tão grande quanto os exemplos ditos anteriormente - e em menor grau, Abu Dhabi e China - principalmente quando a geopolitica decidir acordar e mexer umas peças de xadrez com estrondo. O potencial está lá, e vai ser um teste bem interessante sobre saber se iriamos ver mais do mesmo, ou haveria uma maior sensibilidade ao que se passa no mundo.
Veremos. Esta nova liderança tem muitos testes pela frente.
Mas, como sabem, há nova gerência. E a grande pergunta é: iremos ver mais do mesmo? É provável que sim, daquilo que vimos da reunião com os turcos. E como os países do Golfo vão continuar a cumprir contratos e a pagar o que pedem, não creio que haja alterações.
Contudo... o que aconteceria se tivessem numa situação complicada? Algo semelhante ao que acontecia nos anos 80, quando iam à África do Sul, no tempo do apartheid, do governo da minoria branca? É certo e sabido que a FIA foi a última a ceder nesse campo, que só em 1985, a Formula 1 descobriu que correr em Kyalami era um embaraço de ordem mundial e colocava a sua categoria nas noticias pelas piores razões? Agora, está tudo calmo, mas num mundo em ebulição como é o nosso, agora, o que aconteceria com o GP da Rússia, caso o "titio Putin" decidisse fazer mais algumas expansões nas suas fronteiras, como fez com a Crimeia? A nova gerência iria largar os rublos russos tão facilmente?
Esta nova liderança deve saber que existem alguns "elefantes" na sala, em maior ou menor grau. Se a entrada da França é bem-vinda, a possível entrada turca pode ser um embaraço maior, tão grande quanto os exemplos ditos anteriormente - e em menor grau, Abu Dhabi e China - principalmente quando a geopolitica decidir acordar e mexer umas peças de xadrez com estrondo. O potencial está lá, e vai ser um teste bem interessante sobre saber se iriamos ver mais do mesmo, ou haveria uma maior sensibilidade ao que se passa no mundo.
Veremos. Esta nova liderança tem muitos testes pela frente.
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