A BRDC (British Racing Drivers Club), proprietária de Silverstone, accionou esta terça-feira a cláusula que permite a sua retirada de cena do calendário da Formula 1 após a temporada de 2019. A decisão foi tomada devido à escalação de custos do qual a proprietária estaria obrigada a pagar e que no final faria com que os custos suboissem para as 25 milhões de libras por temporada.
Quando o contrato foi assinado, em 2010, entre a BRDC e a FOM, de Bernie Ecclestone, os proprietários pagavam em média 11,5 milhões de libras por temporada. Só que agora, em 2017, eles pagarão 16,2 milhões, quase cinco milhões do que pagavam antes, algo do qual os organizadores dizem que é demais para as suas finanças.
John Grant, o presidente do BRDC, afirmou sobre esta decisão:
"Tomamos esta decisão porque não é financeiramente viável para nós organizar o Grande Prêmio da Grã-Bretanha nos termos deste contrato. Nós tivemos perdas de 2,8 milhões de libras em 2015 e 4,8 milhões em 2016, e esperamos perder um montante similar neste ano." começou por afirmar.
"Chegamos a um ponto onde já não podemos deixar nossa paixão pelo automobilismo dominar nossas cabeças. Não arriscaria apenas o futuro da Silverstone e do BRDC, mas também da comunidade britânica de automobilismo que depende de nós.
"No entanto, quero deixar claro que, embora tenhamos ativado a cláusula de quebra [do contrato], apoiamos plenamente as mudanças que a equipa da Liberty Media está a fazer para melhorar a experiência da Formula 1.
"Nossa esperança é que um acordo ainda possa ser alcançado, para que possamos garantir um futuro sustentável e financeiramente viável para o Grande Prêmio da Grã-Bretanha em Silverstone por muitos anos", concluiu.
Grant afirmou que Silverstone poderá ter "um futuro brilhante" sem a Formula 1, mas avisou acerca das consequências da perda de um GP britânico para a industria automobilística:
"Embora odiemos perder o Grande Prémio da Grã-Bretanha, Silverstone terá um futuro brilhante sem ela - tanto em termos comerciais, como em termos de continuar a servir como o coração da comunidade automobilística britânica. Mas perder o Grande Prémio teria um impacto negativo que se sentiria muito para além da Fórmula 1 e da Silverstone."
"Sete das 10 equipas da Formula 1 estão baseadas no Reino Unido - muitas delas perto de Silverstone. Isso traz empregos vitais para o país, além de ter um impacto positivo nas comunidades e na economia local. Há uma boa razão pela qual a área em torno de Silverstone é conhecida como 'o Silicon Valley do automobilismo'. Tirem o Grande Prémio e tudo isso estará em risco", concluiu.
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