No Texas, tudo é grande... excepto em Austin, onde as coisas podem ser estranhas. Contudo, eles abraçam essa estranheza e fazem dela sua, afirmando "keep it weird!" (mantenham-se excêntricos!). Começo por falar essa estranheza por duas coisas. Primeiro, porque esta sessão de qualificação acontecerá bem mais tarde do que o habitual à conta de... concertos musicais. Vai acontecer quase ao por do sol outonal nas vastas planícies texanas, depois da hora do jantar na Europa.
A segunda estranheza foi a troca de pilotos da Toro Rosso. Ainda se lembram porquê Pierre Gasly teve de faltar a corrida texana? Porque participa na SuperFormula japonesa, que tinha uma jornada dupla em Suzuka, e que tinha meio ponto de diferença para o primeiro classificado. Pois bem... essas corridas não aconteceram porque está um tufão na zona! E Gasly não só não vence o campeonato, como também vê Brendan Hartley no seu lugar, para correr esta prova. Do qual largará em último porque sofreu uma penalização de 25 lugares para uma troca completa de motor e caixa de velocidades. Logo, o último lugar da grelha é todo dele.
Esta tarde, outra contrariedade: a Red Bull teve de trocar o motor a Max Verstappen, custando-lhe 15 lugares na grelha.
Com o começo da Q1, a maior parte dos pilotos andavam com os ultra-moles, com a excepção dos Mercedes, que decidiram andar com os supermoles. Valtteri Bottas foi o melhor, com 1.35,309, com esses pneus laranjas. Os Ferrari também andavam com os pneus vermelhos, e era Kimi Raikkonen a ser melhor do que Sebastian Vettel, apenas sexto, e na frente de... Hamilton!
Depois, Max Verstappen fez 1.34,899, e logo a seguir Hamilton fez 1.34,822, no mesmo momento em que Romain Grosjean apanhou um enorme susto quando Lance Stroll apareceu na sua frente muito, mas muito lentamente. Felizmente, não houve colisão, mas os comissários foram investigar o que se passou.
No final da Q1, entre os eliminados ficaram os Sauber, o Toro Rosso de Brendan Hartley, o Haas de Kevin Magnussen e o Williams de Lance Stroll. E na frente, entre os pilotos do costume, destaca-se o quinto posto de Sainz Jr., no seu Renault.
A Q2 começa com os Mercedes a fazer os dois primeiros lugares da grelha, sendo logo os primeiros a marcar tempo, com o inglês a fazer 1.33,560, recorde da pista. Os seus tempos ficaram a... um mar da concorrência, com Vettel a conseguir o quinto melhor tempo, a 1,1 segundos de Hamilton, mas a correr com os pneus vermelhos, os super-soft.
A última parte não colocou muitas surpresas, porque de uma forma, pilotos como Nico Hulkenberg nem sequer entraram na pista por causa das penalizações que teriam de enfrentar. No final, Felipe Massa, Daniil Kvyat, Romain Grosjean e Stoffel Vandoorne acompanharam-no ente os que não passaram para o corte final.
E claro, Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India, o Renault de Carlos Sainz Jr. e o McLaren de Fernando Alonso entraram na parte final da qualificação.
Na parte final, todos já tinham a certeza de que Lewis Hamilton iria ser o piloto mais veloz nesta qualificação, logo, o favorito à pole-position. Ele logo marcou 1.33,108, seguido por Bottas, a quase meio segundo do seu companheiro de equipa, enquanto que os Ferrari, com Raikkonen na frente de Vettel, ficavam na segunda fila, mas a mais de sete décimos da pole-position, quase inalcansável.
No final, Hamilton manteve a pole-position, mas o seu companheiro de equipa não ajudou os Flechas de Prata para monopolizarem a primeira fila da grelha de partida, pois Sebastian Vettel conseguiu dividir os carros alemães, fazendo um tempo 239 centésimos mais lento do que o britânico. Daniel Ricciardo foi o quarto, na frente de Kimi Raikkonen. Max acabou na sexta posição, na frente de Esteban Ocon, Carlos Sainz Jr, Fernando Alonso e Sergio Perez.
Feliz da vida, Hamilton quererá certamente aumentar os pontos amanhã para poder escolher o lugar onde comemorar o seu quarto título mundial, enquanto bate recordes atrás de recordes na Formula 1. E numa pista onde o seu carro é melhor, é altamente provavel que possa dar um passo rumo ao tetracampeonato. Veremos.
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