Austin é Texas, e Texas é America. E estando na terra do "Tio Sam", a Liberty Media, que sabe fazer as coisas do modo espectacular, decidiu fazer desta corrida de Formula 1 uma maneira de mostrar como fazem as coisas e organizaram um espectáculo digno desse nome, para mostrar ao mundo.
Os minutos antes da corrida foram aproveitados pelos americanos para fazer uma apresentação memorável. Vimos Bill Clinton a passear pelo "paddock", um "announcer" a dizer o famoso "Gentleman, start your engines", antes de dizer "let's get ready to rumble!" perante o delírio dos espectadores. Em suma, muitos ficaram maravilhados, outros limitaram-se a sorrir, mas todos falaram das coisas que os americanos andaram a fazer antes da corrida. Uma prova que poderia dar a Lewis Hamilton a sua chance de ser campeão do mundo pela quarta vez.
A corrida começou com Hamilton na frente e Sebastian Vettel logo atrás, mas o piloto alemão conseguiu resistir às pressões do inglês e ficou na frente. Valtteri Bottas era o terceiro, na frente de Daniel Ricciardo. Ocon passou Kimi Raikkonen e Fernando Alonso conseguiu passar Carlos Sainz Jr, tudo isto antes do final da primeira volta. No inicio da segunda, Ricciardo tentou passar o finlandês da Mercedes, sem sucesso.
A primeira saída da corrida era de Kevin Magnussen, no seu Haas. Uma desilusão na sua corrida caseira, mas ele acabou por continuar. Atrás, Max Verstappen começou a passar pilotos atrás de pilotos para chegar o mais depressa possível aos lugares pontuáveis.
Nas voltas seguintes, Vettel começou a afastar-se do piloto da Mercedes, enquanto que Ricciardo continuava a pressionar Bottas para o lugar mais baixo do pódio. O australiano tentou de novo a sua sorte na volta 4, sem sucesso. Raikkonen, depois de passar Ocon, começou a observá-los para saber se poderá aproveitar alguma coisa de algum problema. Na volta 5, acontece a primeira desistência da prova, quando Nico Hulkenberg parou de vez o seu Renault.
De repente, na sexta volta, Hamilton apanhou Vettel a passou para a liderança. O alemão tentou reagir, mas manteve-se firme. Em meia volta, ganhou mais um segundo e parecia que iria embora, numa altura em que Verstappen já era sétimo na corrida, depois de passar Alonso. Atrás, Pascal Wehrlein acaba por ser a segunda desistência da corrida, consequência do toque com Kevin Magnussen. No final da volta 10, o holandês passou Ocon para ser sexto.
Na volta 12, Ricciardo foi ameaçado por Raikkonen, mas conseguiu aguentar os ataques do finlandês da Ferrari. Contudo, a seguir, o australiano trocou de pneus, caindo para o nono posto e começando a passar mais alguns carros, com Sainz Jr.
Na frente, Hamilton afastava-se de Vettel... e parecia que a corrida estava acabada. Por esta altura, Esteban Ocon e Fernando Alonso também foram às boxes para trocar os pneus. O espanhol subia de posições, mas teve de parar por um tempo por causa de Daniel Ricciardo, que desistia na volta 16, por causa de um problema de motor. Acaba por ser a terceira desistência da corrida.
No final dessa volta, Vettel trocou de pneus, colocando os amarelos (softs) para ver se conseguiria aguentar mais tempo na pista. Bottas para na volta 20, trocando dos ultras para os softs. Em suma, depois de usarem os ultra (violetas) para os supersoft (vermelho) e os amarelos, para ver se resistiam mais tempo e mais voltas. Hamilton e Raikkonen também foram às boxes na volta seguinte, com ele a ficar na frente de Vettel, e o alemão a pressioná-lo, sem grandes resultados. E ambos a correram com os softs.
Os últimos a pararem foram Raikkonen (na volta 21) e Verstappen, na volta 25, depois de ser passado por Lewis Hamilton. Na volta seguinte, Alonso encosta à boxe de vez, não conseguindo chegar ao fim, pela segunda vez, de uma corrida nos Estados Unidos. E ainda por cima, quando tinha tudo para acabar nos pontos...
Na frente, tudo na mesma: Hamilton tinha quatro segundos de vantagem sobre Vettel, e Bottas era o terceiro, com Raikkonen logo atrás. Max Verstappen era o quinto, e Felipe Massa aguentava-se na sexta posição, com os amarelos. Apenas mudou na volta 30, para os ultra, depois de ser passado pelos Force India.
A partir dali, as atenções tinham a ver com do sétimo posto para baixo. Ocupado pelos Force Indias, começou a ser ameaçado primeiro pelo Renault de Sainz Jr, e depois pelo Toro Rosso de Daniil Kvyat, do qual estava a aguentar. Na frente, Raikkonen começou a assediar Bottas pelo terceiro posto, mas era mais complicado passar das ameaças para os atos...
Na volta 38, Verstappen parava pela segunda vez nas boxes, passando para os ultra-macios. Vettel fez o mesmo na volta seguinte, praticamente imitando a decisão do holandês da Red Bull. Atrás, Felipe Massa voltava a entrar nos pontos, passando Romain Grosjean. E na volta 42, Kimi passou o seu compatriota para ser terceiro.
Por esta altura, Hamilton decidiu ficar na frente até ao final, apostando que os seus pneus possam aguentar até ao fim, já que Vettel agora estava doze segundos atrás dele... apesar de ele ganhar um segundo por volta.
Na volta 48, Marcus Ericsson passou Kevin Magnussen para a 13ª posição, mas a ultrapassagem resultou em colisão, apesar de ambos voltarem a pista sem grandes estragos. Ericsson acabou por ser penalizado por isso em cinco segundos.
Na volta 50, Vettel fica na traseira de Bottas, com Verstappen atrás a observar. O piloto alemão quer voltar ao pódio e conseguiu, no final da volta 51. Logo a seguir, foi apanhar Kimi Raikkonen enquanto que o holandês tentou apanhar Bottas. Se o alemão não demorou para ficar com o segundo posto - Kimi não dificultou - Bottas aguentava os ataques de Max Versatappen, até que na volta 53 o piloto da Red Bull levou a melhor. Bottas foi logo trocar de pneus - para ficar com a volta mais rápida - e com o quinto posto garantido.
Na frente, Hamilton caminhava, imperial, para mais uma vitória. O piloto da Mercedes conseguia mais uma vitória para o seu pecúlio, e era mais do que provável que ele seria o tetracampeão na Cidade do México, se mantivesse as coisas desta maneira. Vettel e Raikkonen iriam acompanhá-lo no pódio, mas Verstappen tentou a sua sorte e passou o finlandês para ficar com o o terceiro posto. Só para mostrar a todos que é um excelente piloto a fazer uma corrida honrável na pista americana.
Mas... os comissários acharam que o holandês fez a manobra com as quatro rodas de fora e decidiram penalizá-lo em cinco segundos, retirando-lhe a "medalha de bronze". Esteban Ocon acabou por ser "o melhor dos outros" aguentando Carlos Sainz Jr. e Sergio Perez. Felipe Massa e Daniil Kvyat fechavam o "top ten".
Mas... os comissários acharam que o holandês fez a manobra com as quatro rodas de fora e decidiram penalizá-lo em cinco segundos, retirando-lhe a "medalha de bronze". Esteban Ocon acabou por ser "o melhor dos outros" aguentando Carlos Sainz Jr. e Sergio Perez. Felipe Massa e Daniil Kvyat fechavam o "top ten".
E depois do espectáculo americano, eles saltarão a fronteira para a altitude da Cidade do México, para o inglês dar a eles mais um motivo para comemorar o seu tetracampeonato de pilotos, pois aqui, a Mercedes já começa a celebrar o seu tetra.
O campeonato de Fórmula 1 de 2017 começou com a vitória da Ferrari na prova de abertura e parecia que ia acabar com a hegemonia da Mercedes desde 2014, mas no final da primeira e início da segunda parte, os prateados mostram porque não são campeões por acaso e na prova em Austin, seu principal piloto "passeou" e em nenhum momento foi ameaçado por seus rivais.
ResponderEliminarEsta cada vez mais difícil de acompanhar a categoria como nas temporadas anteriores.