O piloto Francisco Abreu acabou por ser o campeão da TCR Ibérico, que aconteceu neste final de semana no Autódromo de Portimão, no Algarve. Abreu beneficiou do acidente entre Manuel Gião e Francisco Mora, no inicio da primeira corrida do fim de semana, que fez com que ambos desistissem, e os estragos foram tão grandes que os impediram de fazer as restantes corridas.
O acidente aconteceu quando Edgar Florindo tocou em Gião, que por sua vez não conseguiu evitar o toque em Mora. Florindo conseguia continuar e era segundo, atrás de Abreu, com Patrick Cunha no terceiro posto.
Contudo, os destroços de ambos os carros fizeram com que o Safety Car tivesse de entrar na pista, saindo apenas na quarta volta. A corrida continuou até que na parte final, Cunha passou para o segundo lugar, com Florindo a ficar com o lugar mais baixo do pódio. João Carvalho foi quarto, seguido de João Sousa.
No final desta primeira corrida, Abreu, o vencedor, comentou: "Foi uma corrida boa! Beneficiamos no arranque, a malta de trás teve uma ligeira confusão mas depois, no safety car, voltamos a reduzir a vantagem entre todos. No safety car calculei mal o espaço para a frente, não consegui entrar na reta a fundo e ainda perdi duas posições na reta, que consegui recuperar logo na travagem. Depois fomos gerindo, conseguir um bom ritmo de corrida e conseguimos a vitória."
Na segunda corrida, Abreu voltou a vencer, ficando cada vez mais com o título na mão. Sem que Mora pudesse alinhar mais, o piloto da Novedriver tinha tudo para ganhar... e ganhou. Edgar Florindo foi o segundo, seguido por Ricardo Leitão, numa corrida animada entre os três, com tudo definido na parte final.
Abreu, agora o duplo vencedor, comentou sobre esta segunda corrida:
"Correu bem, mas o arranque não correu como queria, na outra corrida tinha corrido melhor. Chegamos os três, eu, o Rafael e o Edgar lado a lado ao fim da primeira curva. Andamos ali numa batalha. Chegamos a seguir ao gancho, o Rafael saiu muito fora, eu cheguei atrás do Édgar e vi ali uma oportunidade. O Edgar conseguiu fechar, foi um “close racing” mas consegui ganhar a primeira posição e conseguir um bom ritmo e levar o nosso Golf que tem estado incrível durante o fim de semana. A equipa tem feito um excelente trabalho."
Na terceira corrida, a primeira deste domingo, Abreu já comemorava o campeonato, mas na corrida propriamente dita, entrou em duelo com Rafael Lobato, no seu Audi, que acabou com uma penalização, um "drive through", devido a um toque numa ultrapassagem a Lobato.
O segundo posto foi igualmente muito disputado e só após muita discussão é que José Cautela ficou com ele, com Edgar Florindo a conquistar o mais baixo lugar do pódio.
Na classe TCR 2, a luta foi igualmente interessante, com Armando Parente, no seu Honda Civic, subiu ao mais alto do pódio, à frente de André Lavadinho e Simplício Taveira.
No final, Lobato comentou: "Foi uma corrida complicada, pois comecei mal, fiz um mau arranque. No início estava em terceiro lugar, mas pouco depois passei para a liderança. No início estava ligeiramente mais lento que o Francisco Abreu e andei a defender, ainda fizemos duas voltas praticamente lado a lado. Foi uma grande corrida, depois houve um ligeiro toque no gancho interior, quando ele passa para a liderança e pouco depois ele é penalizado por um drive truth, não sei se foi disso, não consegui perceber porquê. Passei para a liderança novamente. Depois foi gerir a corrida até ao fim e também poupar os pneus para o Patrick Cunha que ia correr na corrida quatro."
A última corrida do ano foi impróprio para cardíacos. Abreu, já campeão, andou em duelo com Edgar Florindo e Manuel Gião pela vitória, acabando por ver Florindo a ser o melhor, no seu Seat Leon TCR, Abreu ficou com o segundo posto, e Gião acabou por ficar no lugar mais baixo do pódio.
No final do fim de semana, Abreu estava feliz com o resultado destas quatro corridas:
“O dia não correu também como ontem, em termos de resultados, mas a corrida 3 foi muito animada e decidida por uma penalização inexplicável. Depois foi recuperar na última corrida e ainda deu para chegar ao segundo lugar depois de largar de quinto. Mas o destaque tem de ir, naturalmente, para o título ibérico que me deixa muito satisfeito e que é o corolário de uma época onde o azar e alguns erros nos prejudicaram. Sou o primeiro campeão ibérico TCR e isso é algo que tenho de destacar, juntamente com mais um vice-campeonato nacional”, disse Francisco Abreu.
Já César Campaniço, o diretor da Team NovaDriver, estava feliz por ter visto o seu piloto vencer o campeonato. “Sensação de dever cumprido com mais um título conquistado para o palmarés do Team Novadriver! O primeiro dia foi perfeito, com a equipa a entregar um carro fabuloso ao Francisco Abreu e este a fazer um excelente trabalho, confirmando todo o seu talento.", começou por dizer.
"A vitória no TCR Iberico sublinha o carácter da equipa, nunca baixámos os braços e terminamos a temporada de 2017 com este honroso título e com o vice-campeonato assegurado. Hoje o dia começou cedo e com uma penalização que ainda não digerimos muito bem, mas o Francisco voltou a estar imperial e na derradeira manga do fim de semana, recuperou de quinto até segundo, que poderia muito bem ser primeiro caso tivesse mais algumas voltas. Balanço muito positivo no final deste Racing Weekend e, apesar de tudo, da temporada 2017, culminada com o título TCR Ibérico”, concluiu.
O TCR de 2017 acabou, o de 2018 está ali à esquina.
O TCR de 2017 acabou, o de 2018 está ali à esquina.
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