Kris Meeke abriu uma vantagem que poderá ser decisiva neste muito competitivo Rali da Catalunha, onde os cinco primeiros estão a menos de um minuto de diferença. Depois de sete etapas neste sábado, o inglês tem 13 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier. Para além disso, viu desistir dois dois candidatos à vitória, Andreas Mikkelsen e Dani Sordo, por problemas... na mesma curva, onde uma pedra quebrou o seu eixo dianteiro.
Com o segundo dia a ser em asfalto, o dia começou com Meeke ao ataque em El Montmell, acabando com o piloto da Citroen a vencer a especial e a subir à liderança, batendo Dani Sordo por 3,6 segundos. Atrás, Mads Ostberg voltava a perder muito tempo depois de uma saída de estrada logo nos primeiros metros da classicativa. Com os 24,2 segundos perdidos, o piloto da Ford caiu para sétimo.
A seguir, em El Pont d'Armentera, Juho Hanninen ficou com o melhor tempo no seu Toyota, com Meeke a acompanhá-lo, a 1,3 segundos, e Neuville a 1,8 segundos. Ogier era apenas sétimo, perdendo 7,7 segundos e caindo para o terceiro lugar da geral, passado por Dani Sordo.
“Não tive andamento. O carro não está mau. Provavelmente tenho de forçar mais”, lamentou o francês.
Hanninen repetiu o feito em Savallà, conseguindo uma vantagem de 2,9 segundos sobre Ott Tanak e Esapekka Lappi, enquanto que Sebastien Ogier ficava a quatro segundos e Dani Sordo a 4,9. Como seria de esperar, Hanninen estava feliz. "Estou muito confortável. Está a ser um prazer pilotar. Os tempos neste troço apareceram com facilidade”, afirmou o nórdico da Toyota.
Em contraste, Thierry Neuville estava com azar. Primeiro, o piloto belga começou por chegar atrasado em três minutos ao controlo de partida e penalizou 30 segundos. No final, tinha a traseira do Hyundai batida. “Ficámos sem pressão hidráulica no final do troço anterior. Depois o carro desligou-se e na ligação tivemos de andar mais depressa. Foi aí que fiz um pião e bati com a parte de trás”, explicou o belga. E por causa disso, tinha caído para o oitavo posto.
Na parte da tarde, na segunda passagem por El Montmell, Neuville lá conseguiu ganhar, mas apenas por 0,1 segundos sobre Dani Sordo e Esapekka Lappi, muito pouco para encetar uma recuperação. Meeke era quarto, a 1,2 segundos, e a classificação continuava confusa, com todos próximos uns dos outros. Ogier ganhou na segunda passagem por El Pont d'Armentera, 0,6 segundos mais veloz do que Neuville, com Kris Meeke a ser terceiro, a 0,9 segundos.
Contudo, foi na 12ª especial, em Savallà, que aconteceu o desastre para os Hyundai. Ainda por cima, na mesma curva para Mikkelsen e Sordo, este último que atacava a liderança de Meeke. E se os Hyundai se destavaram pela negativa, pela positiva ficaram os finlandeses da Toyota. Tanto Esapekka Lappi como Juho Hanninen foram dos mais rápidos, só perdendo tempo para Ogier e Tanak, ambos da M-Sport. Lappi estabeleceu a terceira marca em Savallà 2 com o mesmo tempo do seu companheiro de equipa, que foi quarto. E claro, o vencedor foi Ogier, com Meeke a ser quinto, perdendo 1,2 segundos, mas a ver menos dois candidatos à vitória.
Ogier acabou o dia a vencer na super-especial de Salou, sem mudar as classificações da geral. Meeke comandava o rali, com 13 segundos de vantagem sobre Ogier, enquanto que Ott Tanak era o terceiro, a 14,5 segundos. Juho Hanninen era o quarto, no seu Toyota, a 34 segundos, já distante de Thierry Neuville, a 53,2 segundos. Esapekka Lappi era o sexto, mas já a um minuto e 23 segundos, mais 17 segundos do que Mads Ostberg, no seu Ford.
Stephane Lefebvre era o oitavo, a dois minutos do seu companheiro de equipa, enquanto que a fechar o "top ten" estavam os Ford de Elfyn Evans e o de Eric Camili, já a cinco minutos e 40 segundos.
O rali da Catalunha termina neste domingo, com a realização de mais sete especiais.
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