A escolha de Carmen Jordá por parte da FIA para estar na frente da comissão para as mulheres no automobilismo não agradou às mulheres que competem nesta modalidade. A sua visão, onde acredita que as mulheres deveriam competir numa classe à parte dos homens não é aceite por muitas delas, que já expressaram essa opinião contrária.
A brasileira Bia Figueiredo, que corre atualmente na Stock Car Brasil depois de ter corrido na IndyCar, afirmou que existem pessoas com melhor palmarés do que Jordá nesse assunto.
"Eu já ouvi falar que ela tem essa opinião, que é diferente da minha, até porque competi com homens a vida inteira. Talvez tenha dificuldades por ser mulher no automobilismo. Mas cara, ganhei corrida de Indy Lights, ganhei corrida de Fórmula Renault, então acho que tem uma possibilidade, tem que se dedicar de verdade. Então provavelmente não seja a pessoa mais aconselhada", começou por dizer a piloto brasileira numa entrevista ao site brasileiro Grande Prêmio.
Ela acredita que a escolha de Jordá por parte da FIA é sinal de que ainda está muito centrada na Europa. "Há algumas pilotos que competiram muito bem. A FIA acaba se centrar muito na Europa, ela não abre muito espaço para pilotas sul-americanas, norte-americanas, e isso acaba limitando. A Europa é um continente um pouco mais cabeça fechada para essa parte de mulher no automobilismo", continuou.
Figueiredo, porém, gosta que essa comissão fosse liderada por alguém como Michele Mouton, quatro vezes vencedora de ralis e vica-campeã do mundo em 1982, a bordo de um Audi Quattro.
"É uma pessoa extremamente, muito alinhada com esse pensamento [de que as mulheres podem competir igual a igual com os homens], campeã de etapa do Mundial de Rali. Então não tem problema. Acho que se de alguma forma a FIA está abrindo espaço para a mulher é importante. E a gente vai colocando as pessoas adequadas lá dentro", concluiu.
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