CHRIS AMON, PARTE DOIS
Uma semana depois de Pukehoke e do GP da Nova Zelândia, máquinas e pilotos estavam na pista de Levin para a segunda ronda da Tasman Series, e claro, a segunda em solo "kiwi". Chris Amon estava moralizado, era certo, mas sabia que Jim Clark era um adversário formidável e tinha ganho apenas porque ele tinha tido problemas. A Lotus trouxe um novo motor Cosworth para Clark, que lhe dava um pouco mais de torque, e claro, a pole-position. Frank Gardner foi o segundo e Amon o terceiro na grelha, que tinha como ausente Dennis Hulme, sem chassis para correr depois do seu acidente em Pukehoke.
Na corrida, Gardner teve um fabuloso arranque e ficou com a liderança nas duas primeiras voltas, colocando Clark e Amon em sentido. Pedro Rodriguez era quarto, na frente de Bruce McLaren e Piers Courage numa corrida que iria ter 73 voltas numa pista... com menos de dois mil metros. As voltas eram feitas na casa dos 48 segundos, suficiente para que ao fim de sete voltas, os pilotos da frente apanhavam a cauda do pelotão. Nessa altura, Clark passou Gardner para ficar com a liderança, mas na volta 14, ele comete um erro e sai da pista. Ele caiu para terceiro, atrás de Amon e Rodriguez, já que Gardner tinha saído de pista duas voltas antes, acabando por bater na barreira de proteção.
Amon andava confortavelmente na frente do mexicano da BRM, com Clark a tentar recuperar o tempo perdido. Passou Rodriguez e aproximou-se de Amon, ficando logo colado na sua traseira, mas na volta 32, o escocês tocou na berma e danificou a suspensão de forma definitiva, acumulando o seu segundo abandono nesta Tasman Series.
Mais adiante, Rodriguez teve problemas com o seu BRM e cedeu o segundo posto a McLaren, que por sua vez viu Courage passá-lo e abrir distância para ele. McLaren iria abandonar na volta 58, com problemas de sobreaquecimento.
No final, Amon comemorava uma segunda vitória consecutiva e 18 pontos no campeonato, com Courage a ser o segundo e o local Jim Palmer a ficar com o lugar mais baixo do pódio.
Por esta altura, noutro lado do mundo, Colin Chapman fazia o melhor negócio até então. Por sessenta mil libras, todos os seus carros, desde a Formula 1 até à Formula Ford, deixariam de ter o British Racing Green para serem carros pintados a vermelho e dourado, as cores da Gold Leaf. Chapman tinha assinado um contrato publicitário com a Imperial Tobacco e iria ser a primeira grande equipa a ter as cores do patrocinador nos seus bólidos. Não era novo, pois a Gunston tinha feito isso nos seus carros na África do Sul, logo no Ano Novo.
Claro, quando a 20 de janeiro, todos se reuniram em Wigram para a terceira prova da Tasman Series, na Nova Zelândia, Jim Clark tinha já o seu Lotus 49 pintado com essas cores. No aeródromo local, Clark conseguiu ser mais veloz, apesar do tempo chuvoso ao longo dos treinos, com um tempo de 1.20.0, contra os 1.20,6 de Amon e 1.20,9 de Gardner, que ficaram logo atrás dele.
No dia da corrida, o tempo tinha amainado e na partida, debaixo de sol e pista seca, Gardner teve problemas na partida e perdeu-se, caindo para o fim do pelotão. Clark ficou na frente, seguido por Amon e Courage, com McLaren e Rodriguez a seguir. Gardner recuperou até ao sexto posto, enquanto que Hulme aproveitava os BRM mais lentos para ser terceiro, no seu Brabham de 1.5 litros. Contudo, Courage não desistia e queria o terceiro posto do neozelandês.
Na volta oito, Gardner desistia com problemas numa válvula, e de uma certa forma, as coisas estavam decididas em termos de corrida. Pedro Rodriguez teve problemas no seu acelerador, algo preso, e deu o quinto posto a McLaren, que não teve possibilidade de apanhar nem Courage, nem Hulme. O neozelandês resistiu aos impetos de Courage e ficou com o terceiro posto, com Clark a ser, por fim, vencedor nesta Tasman Series. Mas Amon pontuou, e diferença diminuiu em apenas três pontos: 24 contra nove.
Uma semana depois, todos iriam a Teretonga para a última prova em solo neozelandês, antes de partirem para a segunda parte do campeonato, na Austrália.
(continua)
No dia da corrida, o tempo tinha amainado e na partida, debaixo de sol e pista seca, Gardner teve problemas na partida e perdeu-se, caindo para o fim do pelotão. Clark ficou na frente, seguido por Amon e Courage, com McLaren e Rodriguez a seguir. Gardner recuperou até ao sexto posto, enquanto que Hulme aproveitava os BRM mais lentos para ser terceiro, no seu Brabham de 1.5 litros. Contudo, Courage não desistia e queria o terceiro posto do neozelandês.
Na volta oito, Gardner desistia com problemas numa válvula, e de uma certa forma, as coisas estavam decididas em termos de corrida. Pedro Rodriguez teve problemas no seu acelerador, algo preso, e deu o quinto posto a McLaren, que não teve possibilidade de apanhar nem Courage, nem Hulme. O neozelandês resistiu aos impetos de Courage e ficou com o terceiro posto, com Clark a ser, por fim, vencedor nesta Tasman Series. Mas Amon pontuou, e diferença diminuiu em apenas três pontos: 24 contra nove.
Uma semana depois, todos iriam a Teretonga para a última prova em solo neozelandês, antes de partirem para a segunda parte do campeonato, na Austrália.
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