Na segunda parte das avaliações sobre as equipas de Formula 1 por parte do Will Buxton, fala-se aqui do resto do pelotão, onde de uma certa forma, refere-se acerca de alguma possivel surpresa e algumas desilusões que poderão existir ao longo da temporada. Baseado nos testes de Barcelona, parece que existirão marcas que poderão ter aproveitado a ocasião para dar um pulo de qualidade, e outras que poderão ser grandes candidatos ao fundo do pelotão, fazendo companhia à Sauber, por exemplo.
Haas: The surprise of testing. Rival drivers say it looks very, very good out on track and tyre corrected lap times put it less than half a second off the Ferrari mothership. If that plays out to be true, Haas could be in the hunt for P4 in championship and podiums.
Haas: A surpresa da sessão de testes. Pilotos rivais disseram que parece estar muito, mas muito bom na pista, e os tempos corrigidos os colocam a menos de meio segundo da Ferrari. Caso isso seja verdadeiro, a Haas poderá ser candidata ao quarto posto e mais alguns pódios.
Esta pode ser a verdadeira surpresa do campeonato. Romain Grosjean e Kevin Magnussen poderão ter pela frente uma excelente temporada para ambos, e isso seria o corolário de um crescimento sustentável desde que começaram, em 2016. Têm o mesmo motor que a casa-mãe e o chassis, basta fazer bem as coisas para poderem andar a par com os "big boys". Pódio (ou pódios) e uma chegada constante à Q3 poderá ser o que lhes reserva para 2018. E se a Haas poderá ser a surpresa, então, quem seria a desilusão?
Mas há mais. Toro Rosso, por exemplo.
Toro Rosso: Highest mileage in the disrupted first week. Just 4 PU used in testing and 3 of those in week 1. Honda is coming good as many predicted with STR a de facto factory team. Mix that to a James Key car, and they could be right in the mix at the top of the midfield fight.
Toro Rosso: A que andou mais ao longo da primeira semana. Apenas quatro UP [Unidades de Potência] usados nos testes, e tres desses na primeira semana. A Honda vem bem, com a STR como equipa de fábrica. Adiciona.se a isso o facto de ser um chassis de James Key, e poderão estar na luta pelo pelotão intermediário.
Que a Toro Rosso nem é uma má equipa, isso é verdade. Sendo "equipa B" da Red Bull, serve para experimentar pilotos novos e elementos novos, antes de se "promoverem" para a Red Bull. Como a troca de motores pela Honda foi um arranjo para evitar a saída da marca japonesa pela "porta do cavalo", tê-los por ali poderá servir para fazer as coisas sem pressas. E parece que este ano, a Honda acertou a mão, apesar de ser um ano de adaptação a uma nova equipa e a novo chassis. Brandan Hartley e Pierre Gasly vão aparecer constantemente nos pontos? Pode ser. E ainda poderá ter outro trunfo, agora que as equipas são obrigadas a usar apenas três motores por temporada...
Force India (or whatever they’re going to be called): Car looked solid on track but unimpressive. Drivers didn’t seem overjoyed either. It’s basically a 2017 upgrade with both drivers saying they hoped a proper new car is online for Australia. Pips McLaren on reliability alone.
Force India (ou o que vão querer ser chamados): o carro parece ser sólido mas não impressiona. Os pilotos não parecem muito felizes. Basicamente é um "upgrade" de 2017, com os pilotos a dizerem que esperam um carro melhor na Austrália. Parece estar ao nível da McLaren em termos de fiabilidade.
A Force India conseguiu fazer muito com muito pouco. Tem um bom motor Mercedes, e o chassis conseguiu ser bom nas últimas duas temporadas. E o resultado é que a regularidade compensou: quarto lugar no Mundial de Construtores em 2016 e 2017. E verdade que Sérgio Perez e Esteban Ocon por vezes fizeram as faiscas voar em termos de relacionamento entre eles, mas no final contiveram-se e trabalharam para a equipa. Contudo, este ano as coisas poderão ser um pouco mais complicados para ambos, pois o chassis não impressiona, e este ano poderão ter a Haas e a Toro Rosso a morder-lhe os calcanhares. E não poderemos esquecer da Renault e McLaren.
Logo... vai ser um lugar muito concorrido. E ter esse conjunto não é garantia de que haverá uma continuidade.
Quanto a aquilo que o Will falou em cima, é por causa dos rumores de que poderá ser comprada pela Rich Energy, uma companhia de bebidas energéticas que foi fundada em 2015 e que pretende fazer negócio com Vijay Mallya por 200 milhões de libras, o que é uma soma impressionante, mas poderia ser uma forma de ele se aliviar dos problemas que têm na India - corre o risco de ser extraditado para lá devido à falência da Kingfisher Airlines, por exemplo. E o seu parceiro Subrat Roy Sahara também está preso, mas devido a uma fuga fiscal e dividas ao Estado indiano.
Williams: The car is reportedly an absolute dog to drive. It looks horrible on track, heavy, lazy and unresponsive. Can’t turn the tyres on. Drivers look brow beaten. It’s going to be a very hard season. Kubica, however, a breath of fresh air. Insight and experience could be key.
Williams: O carro parece ser horrível de guiar. Parece ser horrível na pista, pesado, lento e não responde na hora. Não consegue aquecer os pneus. Não consegue excitar os pilotos. Parece que vão a caminho de uma temporada muito dura. Kubica, contudo, é uma lufada de ar fresco. A sua experiência poderá ser a chave.
Não se pode chegar a conclusões por agora, mas parece que a diretoria da Williams poderá ter cometido alguns erros graves de julgamento. Não tanto na escolha de pilotos - Serguei Sirotkin poderá ser uma surpresa - mas porque Lance Stroll poderá não aguentar a pressão. É veloz mas parece não ser capaz de transmitir as suas impressões aos engenheiros. E a Williams cometeu um erro ao não colocar um veterano ao volante para fazer as coisas bem ao longo da temporada. E poderão penar, como penaram em 2011 e 2013, ambas temporadas onde tiveram um número baixo de pontos, maus chassis e pilotos horriveis como Pastor Maldonado, apenas porque lhes injetava 50 milhões de euros na equipa.
A Williams parece ter esse defeito. É antigo, vem dos tempos do titio Frank, e já mostrou que é um osso muito duro de roer. Mas 2018 vai ser o último ano da Martini, com 25 milhões injetados na equipa, e ter pilotos jovens pagantes pode ser o rumo certo para manter a equipa e pé, mas depois é prejudicado em termos de resultados. Kubica vai ter muitas horas como piloto de testes, é certo, mas o ideal para ele alinhar no maior número de treinos livres possível.
Sauber: New engine made Marcus very happy. Wider power band and more play on the throttle. Brand new aero and suspension concepts taking time to understand however. As such, important to stay on track and Leclerc too many offs. Potential is there but big work to understand car.
Sauber: O novo motor fez um Marcus muito feliz. Mais poder debaixo do acelerador [é o trunfo]. Nova areodinâmica e suspensão vai levar tempo para [os pilotos] se adapratem. O importante é ficarem na pista e Leclerc saiu demasiadas vezes. O potencial está ali mas há muito trabalho pela frente.
Há expectativas pela Sauber, agora que terão motor da Ferrari de fábrica e patrocínio da Alfa Romeo. Poderá ser uma injeção importante na equipa - não necessáriamente em termos de dinheiro, pois a Ferrari tem uma parceria longa com a equipa fundada por Peter Sauber - mas não existem grandes expectativas em relação à sua posição no pelotão. Vai ser complicado pontuar e escapar ao fundo da grelha, e ainda por cima, há pilotos como Charles Leclerc, que vai ter de se adaptar a uma competição como é a Formula 1.
The end: Anyway, that’s my take on it. Ultimately we won’t know for sure until we get to Australia and even then the frequency of upgrades means that the competitive order is likely to fluctuate from weekend to weekend. Overall I’m really excited about the season. You should be too.
No final: De qualquer forma, é a minha visão das coisas. De uma certa maneira, não temos a certeza até chegarmos à Austrália, nem sabemos qual será a quantidade de melhoramentos necessários mara mantewr a competividade, que poderá ser de semana a semana. De um modo geral, estou excitado pela nova temporada, e você deveria estar também.
Sobre a temporada, ele acha que existem motivos de interesse. Quero acreditar nisso, quero acreditar que teremos uma luta a três até ao fim, mas tenho de pensar que a Mercedes tem o "upper hand", ou seja, é o favorito ao título. Como disse ontem, acredito mais num Hamilton penta do que no Vettel, porque o carro poderá não ser aquilo que se pensa, porque as coisas parecem flutuar de ano para ano.
Mas apenas em Melbourne é que veremos a relação de forças. E mais algumas corridas para ver qual será a tendência. E vamos a ver se haverá razões de interesse.
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