Passaram-se duas semanas depois de Melbourne, e as pessoas falavam ainda de Formula 1. Sobre o novo logótipo, ainda sobre o Halo, o baixo número de ultrapassagens, sobre as regras que a Liberty Media pretende implementar a partir de 2021, sobre o regresso pontual das "grid girls" no Mónaco, sobre as equipas, que não querem saber se dão cabo da concorrência, à medida que contestam as ideias de uma competição mais barata, tirando os privilégios que têm - como a Ferrari, por exemplo. Parecendo que não, os novos donos pretendem fazer as coisas à sua maneira, dizendo às equipas que agora são os novos donos do circo.
Resta saber no que isso irá dar, mas como vi esta semana no Facebook de um amigo meu: acabou o armistício. A guerra vai começar, mas primeiro vai ser nos bastidores. longe dos olhares públicos, para depois explodir em toda a linha nas páginas dos jornais, sites e redes sociais, nos próximos meses, e deixar a competição em ebulição, com ameaças de abandono ou de uma série paralela.
Mas ainda antes de começar a qualificação, na sexta-feira à noite, soube-se que a Mercedes teria de mexer na caixa de velocidades de Lewis Hamilton, obrigando-o a sofrer uma penalização de cinco lugares e claro, agora todos sabiam que o poleman não seria ele.
Com fios de luminosidade ainda visíveis no horizonte de Shakir, e com os holofotes ligados ao máximo, máquinas e pilotos preparavam-se para a qualificação. O primeiro a sair para a pista foi Marcus Ericsson, mas os primeiros tempos relevantes foram as dos Toro Rosso, que eram mais lentos do que... os Sauber-Alfa. Pouco depois, Kevin Magnussen fez 1.30.0 e ficou na frente da tabela de tempos com o seu Haas. Depois, Kimi Raikkonen fez melhor, 1.28,9, 1,1 segundos mais veloz do que o piloto dinamarquês. E claro, o primeiro recorde de pista a cair. Sebastian Vettel fez um pouco pior, a 109 centésimos.
Os Mercedes acabaram por ficar atrás dos Ferrari, mas não se sabia muito bem se seria para poupar pneus ou porque eram piores do que os carros da Scuderia nesta pista. E os Red Bull não andavam muito melhor, com Daniel Ricciardo a andar seis centésimos mais lento do que Raikkonen.
Mas a meio da Q1, o primeiro sarilho: Max Verstappen perdeu o controlo do seu carro na curva 2 e bateu no muro, danificando a suspensão frente-esquerda, e acabando ali a sua qualificação. Bandeira vermelha, para limpar a pista e tirar o carro dali, em pouco mais de cinco minutos, a sessão voltou e com todos a tentarem marcar os melhores tempos possíveis.
E foi o que aconteceu: os Sauber de Charles Leclerc e Marcus Ericsson, os Williams de Lance Stroll e Serguei Sirotkin e o Haas de Romain Grosjean ficaram de fora, acompanhando Max Verstappen, que não iria correr o resto da qualificação. E Grosjean e Alonso tinham uma coisa estranha na tabela de tempos: 1.30,530. O mesmo tempo! E o espanhol levou a melhor sobre o francês porque foi ele o primeiro a fazer.
Começando a Q2, os primeiros a sair foram os Ferrari, com Vettel a sair em "supersoft", enquanto que Hamilton ia sair também em "supersoft", provavelmente o suficiente para ir ao Q3 e poupar pneus para amanhã. O alemão começou com 1.28,341, com Raikkonen e Bottas a responderem, mas ficando atrás de Vettel. Hamilton também marcou um tempo na ordem dos 1.28,468, mas atrás do alemão, suficiente para a Q3.
Na parte final, não houve grandes diferenças, mas o facto de Valtteri Bottas ter ficado atrás de Hamilton durante a parte final desta qualificação parece indicar que o finlandês não tem andamento para o inglês, nesta batalha interna pela melhor posição nos Flechas de Prata.
Entre os eliminados, os McLaren de Alonso e Vandoorne, o Toro Rosso de Brandon Hartley e o Force India de Sergio Perez. Entre os que passaram, os mais surpreendentes foram o Toro Rosso de Pierre Gasly e o Haas de Kevin Magnussen, na frente do Force India de Esteban Ocon, o último a qualificar-se.
A Q3, parte final da qualificação começou com todos usando "supersoft" e Kimi Raikkonen a fazer 1.28,101, melhor que Sebastian Vettel... apesar de uma ligeira saída de pista. Hamilton foi o terceiro, a 201 centésimos, na frente de Bottas, mas parece que os Ferrari iriam monopolizar a primeira fila da grelha. E naquele momento mostrava-se o buraco entre os três primeiros e o resto: Daniel Ricciardo era quinto, a 309 centésimos de Raikkonen, com Pierre Gasly a ser sexto a... pouco menos de dois segundos!
No final, Vettel fez 1.27,958 e conseguiu ficar na frente de Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas, que não conseguiu dividir os Ferrari. Hamilton ficou apenas com o quarto melhor tempo, fazendo com que vá começar amanhã do nono lugar da grelha. E o maior beneficado era Pierre Gasly, que com o seu Toro Rosso-Honda, irá largar de... quinto. E na frente de, por exemplo, Kevin Magnussen, no seu Haas-Ferrari.
Foi uma qualificação interessante, mas amanhã era a altura de ver como seria a corrida. Até que ponto seria diferente de Melbourne, isso teremos de saber. Mas quando se sabe que, em termos aerodinâmicos, esses carros tem um arrasto maior do que antes, e que há uma menor facilidade em ultrapassar, teme-se o pior para a corrida...
Com fios de luminosidade ainda visíveis no horizonte de Shakir, e com os holofotes ligados ao máximo, máquinas e pilotos preparavam-se para a qualificação. O primeiro a sair para a pista foi Marcus Ericsson, mas os primeiros tempos relevantes foram as dos Toro Rosso, que eram mais lentos do que... os Sauber-Alfa. Pouco depois, Kevin Magnussen fez 1.30.0 e ficou na frente da tabela de tempos com o seu Haas. Depois, Kimi Raikkonen fez melhor, 1.28,9, 1,1 segundos mais veloz do que o piloto dinamarquês. E claro, o primeiro recorde de pista a cair. Sebastian Vettel fez um pouco pior, a 109 centésimos.
Os Mercedes acabaram por ficar atrás dos Ferrari, mas não se sabia muito bem se seria para poupar pneus ou porque eram piores do que os carros da Scuderia nesta pista. E os Red Bull não andavam muito melhor, com Daniel Ricciardo a andar seis centésimos mais lento do que Raikkonen.
Mas a meio da Q1, o primeiro sarilho: Max Verstappen perdeu o controlo do seu carro na curva 2 e bateu no muro, danificando a suspensão frente-esquerda, e acabando ali a sua qualificação. Bandeira vermelha, para limpar a pista e tirar o carro dali, em pouco mais de cinco minutos, a sessão voltou e com todos a tentarem marcar os melhores tempos possíveis.
E foi o que aconteceu: os Sauber de Charles Leclerc e Marcus Ericsson, os Williams de Lance Stroll e Serguei Sirotkin e o Haas de Romain Grosjean ficaram de fora, acompanhando Max Verstappen, que não iria correr o resto da qualificação. E Grosjean e Alonso tinham uma coisa estranha na tabela de tempos: 1.30,530. O mesmo tempo! E o espanhol levou a melhor sobre o francês porque foi ele o primeiro a fazer.
Começando a Q2, os primeiros a sair foram os Ferrari, com Vettel a sair em "supersoft", enquanto que Hamilton ia sair também em "supersoft", provavelmente o suficiente para ir ao Q3 e poupar pneus para amanhã. O alemão começou com 1.28,341, com Raikkonen e Bottas a responderem, mas ficando atrás de Vettel. Hamilton também marcou um tempo na ordem dos 1.28,468, mas atrás do alemão, suficiente para a Q3.
Na parte final, não houve grandes diferenças, mas o facto de Valtteri Bottas ter ficado atrás de Hamilton durante a parte final desta qualificação parece indicar que o finlandês não tem andamento para o inglês, nesta batalha interna pela melhor posição nos Flechas de Prata.
Entre os eliminados, os McLaren de Alonso e Vandoorne, o Toro Rosso de Brandon Hartley e o Force India de Sergio Perez. Entre os que passaram, os mais surpreendentes foram o Toro Rosso de Pierre Gasly e o Haas de Kevin Magnussen, na frente do Force India de Esteban Ocon, o último a qualificar-se.
A Q3, parte final da qualificação começou com todos usando "supersoft" e Kimi Raikkonen a fazer 1.28,101, melhor que Sebastian Vettel... apesar de uma ligeira saída de pista. Hamilton foi o terceiro, a 201 centésimos, na frente de Bottas, mas parece que os Ferrari iriam monopolizar a primeira fila da grelha. E naquele momento mostrava-se o buraco entre os três primeiros e o resto: Daniel Ricciardo era quinto, a 309 centésimos de Raikkonen, com Pierre Gasly a ser sexto a... pouco menos de dois segundos!
No final, Vettel fez 1.27,958 e conseguiu ficar na frente de Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas, que não conseguiu dividir os Ferrari. Hamilton ficou apenas com o quarto melhor tempo, fazendo com que vá começar amanhã do nono lugar da grelha. E o maior beneficado era Pierre Gasly, que com o seu Toro Rosso-Honda, irá largar de... quinto. E na frente de, por exemplo, Kevin Magnussen, no seu Haas-Ferrari.
Foi uma qualificação interessante, mas amanhã era a altura de ver como seria a corrida. Até que ponto seria diferente de Melbourne, isso teremos de saber. Mas quando se sabe que, em termos aerodinâmicos, esses carros tem um arrasto maior do que antes, e que há uma menor facilidade em ultrapassar, teme-se o pior para a corrida...
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