Este espaço já têm onze anos de existência, e ao longo deste tempo, as redes sociais explodiram. Existem coisas que estão a funcionar em plano que eram ainda infantes quando isto começou, em fevereiro de 2007. E digo isto porque andei a fazer algo interessante ao longo destes dias: recuperar posts do passado para colocar em algumas das páginas nos quais sou editor.
Esta semana coloquei uma série de posts escritos em 2009 sobre o fim de semana de Imola. Um trabalho longo e complicado, do qual apliquei-me, dei o meu melhor na altura. Foi um grande trabalho, mas valeu a pena. Foi muito visto na altura, e agora, nove anos depois, fez esse exercício... quase por acaso.
Uns dias antes, estava a ver alguém a ver o post que escrevi sobre Roland Ratzenberger, que escrevi em 2007, a sua biografia. Estavam poucos visitantes, mas os suficientes para aparecer entre o "top cinco" na hora. Quase de repente, de forma instintiva, peguei nisso e meti nas páginas dos quais sou administrador. Foi um sucesso. Passou a ser dosa mais vistos, tive mais de 1300 visitantes. E dali, passei a colocar os posts sobre Imola, que escrevi em 2009, quando foram os 15 anos do acidente. Outro sucesso. Mas desse periodo, o último que escrevi foi um pequeno post de Rudolph Ratzenberger, o pai de Roland, a bordo do Porsche 911 que foi do seu filho, dando voltas no Red Bull Ring, em 2017.
A matéria encontrei por acaso, no Twitter, no site da Petrolicious. Peguei em algumas das fotos, dei-lhes crédito, fiz um link para o artigo original e falei do que sabia sobre a sua relação complicada, da vontade de vencer do filho e o desejo do seu pai que tivesse um trabalho "normal". Roland seguiu os seus sonhos e acabou por ser respeitado, quer no Japão, quer depois na Europa. E o pai entendeu isso, tanto que se entenderam antes de ele morrer. E as fotos dele, segurando o capacete, naquela tranquilidade dignificada, com uma ponta de orgulho ao saber que o seu filho não foi esquecido, comoveu-me. E estatisticamente, foi a única coisa que escrevi sobre esse fim de semana. E rendeu-me 2300 visitas.
Ao todo, só seis posts me deram quase dez mil visitas neste blog. Cinco reciclagens e uma nova. Não sou eu a reviver o passado, é apenas uma forma de pegar no arquivo sobre coisas que as pessoas gostam de recordar. E vale a pena. Vou voltar a fazer o mesmo durante a semana, pelo menos até à altura do Gilles Villeneuve. Depois, chega, para não cansar. É apenas uma experiência.
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