Depois de uma semana de pausa, a Formula 1 voltava para a segunda parte da louca agenda do verão, onde haverá cinco corridas em 35 dias, entre o GP de França e o da Hungria, até entrarem num mês de férias de verão. Em Hockenheim, onde a Formula 1 agora vinha à Alemanha em anos pares, depois da quebra do contrato com Nurburgring, os locais ficaram felizes por ver um dos seus na pole-position, nomeadamente Sebastian Vettel, naquele que poderá ser um bom ano para a Ferrari e provavelmente o ano em que poderão ser de novo campeões, depois de uma ausência de onze anos. Mas no final, assistiram a que poderá ter sido um momento decisivo do campeonato de 2018. E como no ano passado, em Singapura, a Ferrari poderá estar do lado perdedor.
O que é pena, pois a perspectiva de uma vitória e consequente alargamento da liderança para Lewis Hamilton teria sido uma excelente noticia num fim de semana difícil para a Ferrari, onde o seu presidente, Sergio Marchionne, foi substituído por John Elkmann, um dos netos de Giovanni Agnelli, alegadamente por motivos de saúde. Logo, ganhar por Marchionne, "il presidente", teria sido uma boa razão. Mas não aconteceu, pois a chuva interferiu nisso
A pluviosidade estava prometida desde a hora da partida - 60 por cento de chances durante a corrida - quando as luzes se apagaram, os pilotos mantiveram os lugares da grelha na primeira curva. Verstappen ainda tentou passar Raikkonen para ser terceiro, mas as tentativas saíram frustradas. Atrás, Hamilton e Ricciardo tentaram passar alguns dos concorrentes à sua frente, mas os resultados foram diferentes para o britânico da Mercedes e o australiano da Red Bull.
Em cinco voltas, Hamilton conseguiu apanhar Fernando Alonso e Charles Leclerc para ser décimo, e assim chegar aos pontos. Na volta seguinte, passou Sainz para ser nono, ao mesmo tempo que Ricciardo subia para 15º, correndo com pneus médios, para ver se conseguia ficar na pista mais tempo possível. Contudo, esses pneus tinham dificuldade em aquecer, e ele sofria um pouco.
Na volta dez, Hamilton já era sétimo, tentando apanhar Hulkenberg, e pouco depois, fez isso, apanhando depois do Haas de Kevin Magnussen. Cinco voltas depois, foi a vez de Raikkonen a passar nas boxes, colocando moles no seu carro e caindo para quarto, com o inglês da Mercedes a aproximar-se.
Na volta vinte, Daniel Ricciardo chegou aos pontos, depois de passar Charles Leclerc, ao mesmo tempo que Nico Hulkenberg ia às boxes. Magnussen foi às boxes na volta 21, e esta era a altura em que o pessoal começava a pensar em trocas de pneus. Como Grosjean, que foi trocar de pneus na volta seguinte.
Vettel acabou por trocar os seus ultrasofts para softs na volta 25, entregando o comendo da corrida para Bottas, e voltando à pista atrás de Raikkonen. Na volta 29, Ricciardo ficou sem potência e tornou-se no primeiro abandono da corrida. Acabou-se o sorriso do australiano... ao mesmo tempo, Bottas e Verstappen também iam às boxes e entregavam o comando aos Ferrari. Por esta altura, também já havia alertas de chuva, e o vento soprava nessa direção.
Com Vettel a aproximar-se de Raikkonen - que tinha uma estratégia diferente e pneus onze voltas mais velhas do que as do seu companheiro de equipa - Hamilton era terceiro, sem ainda ter de trocar de pneus e provavelmente à espera da chuva que poderá cair dali a pouco tempo. Já havia imagens da chuva a cair nas redondezas, e a Ferrari já tinha avisado da sua chegada dentro de pouco tempo.
Na volta 35, Stoffel Vandrrone tornava-se na segunda retirada da corrida, e na frente Vettel reclamava e pedia à equipa para que Kimi o deixasse passar. Na volta 39 o finlandês deixou o alemão passar na liderança e todos eles tinham Hamilton atrás, tentando ir o mais longe possível com os pneus que tinha.
Hamilton foi às boxes na volta 43, num jogo onde esperava que não chovesse e pudesse usar o mesmo jogo de pneus até ao fim... meteu ultramoles, mas por esta altura, já se sabia que iria chover. E choveu na volta seguinte, na zona da curva 6, do qual alguns iam devagar na pista, para evitar se despistar. E pilotos como Charles Leclerc já começavam a colocar intermédios.
As voltas seguintes foram de uma enorme confusão. Vettel mantinha-se na frente tentando escapar entre os pingos da chuva, mas atrás havia confusões atrás de confusões. Kimi andava mais lento, mas pagava o preço da velhice dos seus pneus e despistava-se, perdendo o segundo posto para Bottas. Hamilton mantinha-se na pista, mas para piorar as coisas, Vettel perdeu o controlo do seu carro na curva Sachs, batendo no muro e acabando a corrida por ali. E por causa disso, de imediato, entrou o Safety Car.
O Mercedes lá ficou na pista até dez voltas do fim, onde os pilotos ficavam à mercê do tempo. E foi nessa altura que aconteceu uma das manobras mais controversas da corrida, com Hamilton a entender mal uma ordem de equipa para entrar nas boxes. Chegou a fazê-lo, mas abortou a meio, pisando a linha e voltando ao lugar. Algo do qual os comissários decidiram chamá-lo para explicações.
Com o passar dos minutos, a chuva diminuia, o calor fazia evaporar a chuva, e os pilotos trocavam para ultramacios, tentando ser velozes na relargada, que iria acontecer em breve. No regresso, na volta 57, Bottas atacou Hamilton, mas a sua tentativa foi frustrada pela defesa do inglês, para depois receber ordens de Toto Wolff para que Hamilton se mantivesse no primeiro posto. Pois é, as ordens de equipa não é só um "affaire" ferrarista, mas o público não quer saber disso...
Em duas voltas, a diferença entre os Mercedes aumentou para 2.6 segundos, e Raikkonen era terceiro. De uma possível dobradinha Ferrari, agora iríamos ver uma dobradinha da Mercedes. Um presente que os céus alemães ofereceram... e foi bem aproveitada pelos Flechas de Prata.
A parte final da corrida foi a de novas ameaças no céu, mas não passaram disso. Hamilton conseguia uma vitória para os anais da História, vindo de 14º para ser o vencedor e voltar à liderança do campeonato, com Bottas e Raikkonen a acompanhá-lo no pódio, e Verstappen a ser o quarto, na frente de Hulkenberg e os Haas. Marcus Ericsson acabou em nono, dando mais pontos à Sauber, numa corrida onde Charles Leclerc pagou o preço da inexperiência.
Daqui a uma semana, haverá mais corridas no Hungaroring, mas o campeonato continua ao rubro, como todos gostam. Estamos a meio da temporada, mas ninguém pode cantar vitória por esta altura. Hamilton e Vettel continuam a ser candidatos ao pentacampeonato, e nenhuma vitória - ou derrota - é definitiva.
A pluviosidade estava prometida desde a hora da partida - 60 por cento de chances durante a corrida - quando as luzes se apagaram, os pilotos mantiveram os lugares da grelha na primeira curva. Verstappen ainda tentou passar Raikkonen para ser terceiro, mas as tentativas saíram frustradas. Atrás, Hamilton e Ricciardo tentaram passar alguns dos concorrentes à sua frente, mas os resultados foram diferentes para o britânico da Mercedes e o australiano da Red Bull.
Em cinco voltas, Hamilton conseguiu apanhar Fernando Alonso e Charles Leclerc para ser décimo, e assim chegar aos pontos. Na volta seguinte, passou Sainz para ser nono, ao mesmo tempo que Ricciardo subia para 15º, correndo com pneus médios, para ver se conseguia ficar na pista mais tempo possível. Contudo, esses pneus tinham dificuldade em aquecer, e ele sofria um pouco.
Na volta dez, Hamilton já era sétimo, tentando apanhar Hulkenberg, e pouco depois, fez isso, apanhando depois do Haas de Kevin Magnussen. Cinco voltas depois, foi a vez de Raikkonen a passar nas boxes, colocando moles no seu carro e caindo para quarto, com o inglês da Mercedes a aproximar-se.
Na volta vinte, Daniel Ricciardo chegou aos pontos, depois de passar Charles Leclerc, ao mesmo tempo que Nico Hulkenberg ia às boxes. Magnussen foi às boxes na volta 21, e esta era a altura em que o pessoal começava a pensar em trocas de pneus. Como Grosjean, que foi trocar de pneus na volta seguinte.
Vettel acabou por trocar os seus ultrasofts para softs na volta 25, entregando o comendo da corrida para Bottas, e voltando à pista atrás de Raikkonen. Na volta 29, Ricciardo ficou sem potência e tornou-se no primeiro abandono da corrida. Acabou-se o sorriso do australiano... ao mesmo tempo, Bottas e Verstappen também iam às boxes e entregavam o comando aos Ferrari. Por esta altura, também já havia alertas de chuva, e o vento soprava nessa direção.
Com Vettel a aproximar-se de Raikkonen - que tinha uma estratégia diferente e pneus onze voltas mais velhas do que as do seu companheiro de equipa - Hamilton era terceiro, sem ainda ter de trocar de pneus e provavelmente à espera da chuva que poderá cair dali a pouco tempo. Já havia imagens da chuva a cair nas redondezas, e a Ferrari já tinha avisado da sua chegada dentro de pouco tempo.
Na volta 35, Stoffel Vandrrone tornava-se na segunda retirada da corrida, e na frente Vettel reclamava e pedia à equipa para que Kimi o deixasse passar. Na volta 39 o finlandês deixou o alemão passar na liderança e todos eles tinham Hamilton atrás, tentando ir o mais longe possível com os pneus que tinha.
Hamilton foi às boxes na volta 43, num jogo onde esperava que não chovesse e pudesse usar o mesmo jogo de pneus até ao fim... meteu ultramoles, mas por esta altura, já se sabia que iria chover. E choveu na volta seguinte, na zona da curva 6, do qual alguns iam devagar na pista, para evitar se despistar. E pilotos como Charles Leclerc já começavam a colocar intermédios.
As voltas seguintes foram de uma enorme confusão. Vettel mantinha-se na frente tentando escapar entre os pingos da chuva, mas atrás havia confusões atrás de confusões. Kimi andava mais lento, mas pagava o preço da velhice dos seus pneus e despistava-se, perdendo o segundo posto para Bottas. Hamilton mantinha-se na pista, mas para piorar as coisas, Vettel perdeu o controlo do seu carro na curva Sachs, batendo no muro e acabando a corrida por ali. E por causa disso, de imediato, entrou o Safety Car.
O Mercedes lá ficou na pista até dez voltas do fim, onde os pilotos ficavam à mercê do tempo. E foi nessa altura que aconteceu uma das manobras mais controversas da corrida, com Hamilton a entender mal uma ordem de equipa para entrar nas boxes. Chegou a fazê-lo, mas abortou a meio, pisando a linha e voltando ao lugar. Algo do qual os comissários decidiram chamá-lo para explicações.
Com o passar dos minutos, a chuva diminuia, o calor fazia evaporar a chuva, e os pilotos trocavam para ultramacios, tentando ser velozes na relargada, que iria acontecer em breve. No regresso, na volta 57, Bottas atacou Hamilton, mas a sua tentativa foi frustrada pela defesa do inglês, para depois receber ordens de Toto Wolff para que Hamilton se mantivesse no primeiro posto. Pois é, as ordens de equipa não é só um "affaire" ferrarista, mas o público não quer saber disso...
Em duas voltas, a diferença entre os Mercedes aumentou para 2.6 segundos, e Raikkonen era terceiro. De uma possível dobradinha Ferrari, agora iríamos ver uma dobradinha da Mercedes. Um presente que os céus alemães ofereceram... e foi bem aproveitada pelos Flechas de Prata.
A parte final da corrida foi a de novas ameaças no céu, mas não passaram disso. Hamilton conseguia uma vitória para os anais da História, vindo de 14º para ser o vencedor e voltar à liderança do campeonato, com Bottas e Raikkonen a acompanhá-lo no pódio, e Verstappen a ser o quarto, na frente de Hulkenberg e os Haas. Marcus Ericsson acabou em nono, dando mais pontos à Sauber, numa corrida onde Charles Leclerc pagou o preço da inexperiência.
Daqui a uma semana, haverá mais corridas no Hungaroring, mas o campeonato continua ao rubro, como todos gostam. Estamos a meio da temporada, mas ninguém pode cantar vitória por esta altura. Hamilton e Vettel continuam a ser candidatos ao pentacampeonato, e nenhuma vitória - ou derrota - é definitiva.
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