Recordando Stefan Bellof, que morreu faz hoje 33 anos, e no ano onde a Porsche foi buscar o seu 919 Hybrid para bater o seu recorde no Nurburgring Nordschleife. O recorde foi, de facto batido. Mas...
Sejamos honestos, aquele recorde desta primavera não passa de "show off". Bem vistas as coisas, em termos puros, é um carro altamente modificado, sem seguir regras algumas elaboradas pela FIA e não estava num fim de semana competitivo. Ao contrário do 956 que o alemão guiou e fez o famoso tempo de 6:11 minutos, e que fazia parte dos 1000 km de Nurburgring, prova do Mundial de Sport-Protótipos.
Esse é o problema. Eu vejo automobilismo há quase 35 anos e entendo as regras. E para mim, se quiserem bater o recorde do Bellof, deveria acontecer quando a FIA autorizar os 1000 km de Nurbrurgring no Nordschleife, com os carros das quatro categorias (os LMP's e os GT's) fazer as suas voltas nos 23 quilómetros de extensão da pista. Claro, a FIA não é suicida e isso é uma... impossibilidade, digamos assim.
E depois acaba como acabou na semana passada, quando os carros de Formula 1 bateram o recorde que o LMP1 da Porsche, o 919 Hybrid, tinha estabelecido no inicio do ano. E pior: foram os três primeiros classificados, em carros que seguem as regras da FIA. Gosto muito da Porsche e acho a ideia muito interessante, mas não passa de "show off" do qual no final, veremos o carro no museu da marca, em Estugarda, com uma placa a dizer "Rekordfahrer" ou algo semelhante... mas sabem?
Continuo a dizer que o piloto mais veloz a andar no inferno verde foi um rapaz de Giessen que a uma certa altura da vida prometeu tanto que no dia em que morreu, nos deixou um vazio, pensando no que poderia ter sido. Até hoje. E talvez até sempre.
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