O patrão da Formula E disse que a competição esteve à beira do colapso no inicio de 2015, e que foi salvo graças a uma injeção de capital do Grupo Liberty, irmã da Liberty Media. Numa entrevista ao podcast do Nico Rosberg, "Beyond Victory", Alejandro Agag revelou que a certa altura do final de 2014, devia cerca de 25 milhões de dólares a fornecedores e tinha apenas cem mil dólares no banco. E que um acordo com a Liberty para se tornar no acionista maioritário foi alcançado em abril de 2015, antes da ronda de Miami da competição.
"Precisávamos de ser grandes", começou por dizer. "Se começássemos com algo muito pequeno, pensámos que isto iria morrer. Dissemos, 'vamos fazer isto em larga escala' com grandes cidades, uma grande montra, transmissões adequadas – portanto precisámos de investir muito dinheiro e tivemos de o encontrar. Encontrámos algum capital no início, mas não foi suficiente. Portanto, estivemos muito perto de nos afundar.", continuou.
"Obtivemos [algum] dinheiro, depois ficámos sem dinheiro, mas fizemos o primeiro monolugar e após [isso] angariámos mais dinheiro. Esse capital foi suficiente para fazer três corridas. Mas depois ficámos sem dinheiro. Não era suposto estarmos tanto no limite, mas as coisas más acontecem. Ninguém soube, só dois ou três funcionários".
"Estávamos a angariar dinheiro e foi quando a Liberty e a Discovery entraram. Estivemos mesmo no limite. Tive de pagar do meu próprio bolso o transporte por avião dos monolugares para ir à corrida de Miami. Depois, concluímos o acordo com a Liberty e a Discovery, o dinheiro entrou e a partir daí tem sido uma história de grande sucesso financeiramente", concluiu.
Agag revelou depois que tentou voltar a ter o controlo maioritário das ações da Formula E no inicio do ano, mas não aconteceu porque quer a Liberty, quer a Discovery, decidiram manter as suas participações.
"Isso não vai acontecer porque a Liberty e a Discovery não querem vender", começou por explicar.
"Estamos, é claro, em bons termos - eu fiz a oferta, mas eles claramente levaram isso muito a sério e basicamente voltaram para mim com a mensagem de que são investidores de longo prazo na Fórmula E. Eles acreditam no futuro do campeonato e querem que continuemos a trabalhar juntos [logo] eles não querem vender. Então está tudo bem. [Será] o mesmo arranjo que era antes.", concluiu.
A Formula E arrancará em dezembro, nas ruas de Riade, a capital saudita, para a quinta temporada da competição. E vai também estrear a Gen2, o novo monolugar elétrico.
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