No inicio de 1968 - já fez meio século - a então CSI, Comission Sportive International, a antecessora da FIA decidiu abolir a obrigatoriedade das equipas de Formula 1 terem pintadas as cores nacionais nos seus carros. Colin Chapman viu nisso uma oportunidade e telefonou à Imperial Tobacco, onde rapidamente conseguiu um acordo que valeu cem mil libras na altura, para pintar os seus carros de vermelho, branco e dourado, as cores da Gold Leaf. Só que não tinha sido o primeiro, pois os sul-africanos da Gunston tiveram a ideia e pintaram os seus carros de castanho e laranja, as cores da marca.
Conto esta pequena história porque, no meio das noticias que pareceram durante o fim de semana do GP de Singapura, a meio deste mês, surgiu uma onde a Liberty Media assinou um acordo com Interregional Sports Group para expandir a oferta de apostas da categoria, aproximando-a do futebol e do ténis. Basicamente, é abrir a Formula 1 aos sites de apostas online, desde a Ladbrokes até à Betclic, passando por outras como a William Hill, espalhadas um pouco por todo o mundo, desde a Grã-Bretanha até ao Extremo Oriente.
O valor do acordo? Aproximadamente cem milhões de libras.
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Agora, este acordo com a Interregional Sports Group vai fazer com que sublicencie os direitos a parceiros regionais seus, e vai contar com a Sportradar Integrity Services, que é a empresa líder em soluções de integridade para federações, clubes, autoridades de estado, e vai fazer com que isto corra sobre rodas, combatendo jogos combinados relacionados com apostas, por exemplo.
Mas quem conhece bem este mundo, sabe que mais cedo ou mais tarde, as equipas vão querer patrocínios dessa área. Basta ver no futebol: quase todas as equipas da liga inglesa são patrocinadas por sites de apostas. E a mesma coisa se vê um pouco por toda a Europa. Com maior ou menor regulamentação, as casa de apostas desportivas e chegaram e vieram para ficar. Logo, ter na Formula 1 iria ter de acontecer. (...)
Como aconteceu no futebol, a Formula 1 irá abraçar as apostas desportivas. Se antes, era algo discreto, agora praticamente está a convidá-los a patrocinarem equipas, como tem feito agora com outras modalidades, como no futebol. A ideia é não só fazer com que os fãs apostem no seu piloto favorito, mas que parte das receitas caiam na FOM, que por sua vez, distribua pelas equipas. E as equipas, se quiserem, poderão ceder espaço nos seus carros a casas de apostas desportivas, de uma certa maneira, tornando-se aquilo que foram as tabaqueiras entre os anos 70 e o inicio do século XXI.
Tudo isto e muito mais pode ser lido este mês no Nobres do Grid.
Tudo isto e muito mais pode ser lido este mês no Nobres do Grid.
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...