Simona de Silvestro disse que seria melhor um programa para jovens mulheres piloto do que uma série própria. A piloto suíça de 30 anos, atualmente nos Supercars australianos, afirmou que a W Series, a competição para mulheres mostrada para a temporada de 2019, não é a solução, e o melhor seria algo semelhante a aquilo que a Red Bull anda a fazer para os seus jovens pilotos, e que deu pilotos como Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo, Sebastien Buemi, Jean-Eric Vergne e Max Verstappen, entre outros.
“Eu não acho que seja a melhor forma de resolver esta situação”, começou por dizer de Silvestro ao site Motorsport.com. “Se realmente há tanto dinheiro para esse campeonato, há algumas pilotos que foram muito competitivas na série de iniciação. Parece-me que todas estão a ter dificuldades em ter uma oportunidade", continuou, apontando depois para o seu exemplo pessoal.
"Se eu olhar para a minha carreira na IndyCar ou mesmo antes disso, eu nunca consegui uma hipótese com uma equipa de topo. Acho que é isso que falta. Se olharmos para os programas da Red Bull ou Mercedes, esses jovens conseguem sempre entrar nas melhores equipas e ganham. Acho que, pessoalmente, teria sido melhor fazer algo como um programa da Red Bull e ter a certeza de que algumas miúdas tenham uma oportunidade numa equipa realmente boa. Eu acho que isso teria mudado muitos pontos de vista”, declarou.
Sobre aquilo que vai fazer nas 24h de Daytona do ano que vêm, onde vai correr num Acura da Michael Shank Racing, ao lado da britânica Katherine Legge e da brasileira Bia Figueiredo, considerou um exemplo perfeito de como estruturar um programa voltado para pilotos do sexo feminino.
“Conheço Katherine e Ana [Ana Beatriz, a versão americana de Bia Figueiredo] muito bem e são vencedoras nas categorias onde participaram. Quando este acordo surgiu, foi muito fácil aceitar porque eu sei que vamos estar num bom carro. Talvez isso mostre às pessoas que têm a coragem de dar às mulheres uma oportunidade apropriada, que esta é a melhor forma de o fazer”, concluiu.
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