Com a Force India a ser vendida para Lawrence Stroll, negócio esse anunciado no inicio de agosto, soube-se agora do valor das dívidas pendentes a fornecedores contraídos pelos antigos proprietários, bem como a sua venda. Graças à FRP, os administradores de falência nomeados no verão para proteger a equipa dos credores, soube-se que Stroll pagou 90 milhões de libras (101,4 milhões de euros) para ter a equipa e tem 28,5 milhões de libras de dívida (32,1 milhões de euros), provenientes de 450 fornecedores.
Segundo conta o The Independent, o maior credor é a Mercedes, que tem a receber 13 milhões de libras (14,6 milhões de euros) de pagamentos em termos de fornecimento de motores, e quatro milhões de libras (4,5 milhões de euros) a Sérgio Perez, piloto da marca. Durante esta temporada, a BWT, patrocinadora da marca, adiantou dinheiro para cobrir salários, mas não cobriu mais do que 1,3 milhões de libras (1,47 milhões de euros). Contudo, esse valor era insuficiente para cobrir os salários e subsequentes despesas para fornecedores, acomodações e viagens para os circuitos. Logo, em julho, havia salários em atraso na ordem dos 2,2 milhões de libras (quase 2,5 milhões de euros).
Quando Stroll comprou a equipa, no inicio de agosto, o consórcio Racing Point "providenciou um empréstimo de 15 milhões de libras à empresa para permitir o pagamento contínuo de custos, incluindo o tempo de desenvolvimento do chassis de 2019 ... Isso permitiu que a BWT recebesse de volta o seu empréstimo de cinco milhões de libras", segundo consta no relatório da FRP.
Contudo, apesar de Stroll pai ser o dono da Force India - que se chama agora Racing Point Force India - a FRP tem vários problemas pela frente. Primeiro, está a ser processada pela firma russa de fertilizantes Uralkali, cujo principal sócio é Dimitri Mazepin, pai de Nikita Mazepin, piloto de desenvolvimento da Force India, que afirma ter feito a oferta mais alta para a aquisição da Force India, mas que os credores decidiram ignorar.
Para além disso, há ações judiciais que a Force India está enfrentar, incluindo “uma reivindicação de aproximadamente 10 milhões de libras [11,3 milhões de euros] como comissão pela apresentação de um patrocinador. Esta alegação está presentemente prevista para julgamento em julho de 2019... Um pedido de aproximadamente oito milhões de libras [nove milhões de euros] como comissão para a apresentação de outro patrocinador. Também recebemos uma reclamação desde nossa nomeação por aproximadamente três milhões de libras [3,4 milhões de euros] em relação à apresentação de uma parte interessada para adquirir a empresa (o que não ocorreu)”.
Apesar de tudo, a FRP diz prever que todos os credores serão pagos na íntegra "com base no pressuposto de que não tomamos conhecimento de quaisquer outros credores e as várias ações judiciais contra a empresa não são bem-sucedidas".
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