A Renault tem alguma tradição nos ralis, mas nunca em termos oficiais. E quase sempre foi agregado a outra marca, a Alpine, essa sim com maior tradição no WRC. Afinal de contas, foram eles que, há 45 anos, venceram o primeiro Mundial de Construtores, com o A110 e com pilotos como Jean-Luc Therrier, Jean-Claud Andruet e Jean-Pierre Nicolas, entre outros.
Mesmo o Renault 5 Maxi Turbo, com o selo da marca do losango, tem origem nos Alpine, porque os carros eram fabricados em Dieppe, apesar de desde 1974 a oficina a Alpine e da Renault ter sido fundida. Agora, com a Renault a ressuscitar a marca com uma versão do século XXI do A110, e dando mais alguma autonomia, já se fala de um provável o regresso aos ralis. Quem diz isso é o Director Comercial e de Competição da Alpine, Régis Fricotté, revelou à revista francesa Auto Hebdo que a hipótese está em cima da mesa.
"Por agora não temos um plano específico. Os ralis são uma disciplina muito vasta. A fazer tem de ser algo que faça sentido para a marca e há muitos dados a considerar antes de começar.", comentou.
Ele refere que um troféu ou uma homologação na classe R-GT são hipóteses, mas também conta que não existe pressa nesse sentido.
"Estamos à procura de oportunidades, mas iremos ao nosso ritmo para lá chegar em boas condições", concluiu.
Caso aconteça, seria o regresso de uma marca mítica aos ralis internacionais, mas a classe R-GT, do qual existem marcas como a Porsche e a Fiat, com o seu 124 Spider, é uma espécie de "terceira categoria", pouco vista em relação aos WRC e até os R5, que alinham no WRC2. Poucos são os campeonatos onde alinham esses carros, como o francês, que tem quase todos os seus ralis em asfalto.
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