E o final foi emocionante. Foi uma luta a três, e no final, vimos história a acontecer. Num duelo de Sebastiões, o melhor foi o veterano, que aos 44 anos de idade, e cinco depois da sua última vitória, na Argentina, em 2013, voltou a subir ao lugar mais alto do pódio. E também com este triunfo, bate um recorde que pertencia a Carlos Sainz: o de piloto mais velho de sempre a vencer uma prova do WRC. E eleva o seu recorde de vitórias para 79, em 172 provas do Mundial de Ralis.
E a vitória do veterano da Citroen, a primeira da marca do double chevron esta temprada, obscurece um pouco o facto do campeonato WRC estar ao rubro: Sebastien Ogier e Thierry Neuville estão separados por meros três pontos (204 a 201), com Ott Tanak num distante terceiro, com 181 pontos, mas com hipóteses matemáticas de triunfo.
Já se sabia desde ontem à noite que iria ser um duelo a três até ao fim, e esses três pilotos - Sebastien Ogier, Sebastien Loeb e Jari-Mati Latvala - guiavam carros diferentes, mostrando o equilibrio entre marcas e pilotos.
O dia começou com Loeb ao ataque, vencendo na primeira passagem por Riudecanyes, com uma vantagem de 6,1 segundos sobre Dani Sordo, mas o que mais impressionou foi ter dado 6,6 sobre Sebastien Ogier e sobretudo, 10,6 sobre Jari-Matti Latvala. com isto, subiu para a liderança, a três especiais do fim. Loeb depois aumentou a sua vantagem em Santa Marina, 2,7 segundos melhor que Ott Tanak, 4,5 segundos melhor sobre Latvala e 7,5 segundos melhor sobre Ogier. A distância aumentava, agora de 7,1 segundos para o finlandês da Toyota.
Na segunda passagem por Riudecanyes, Ogier atacou e ficou com o melhor tempo, tirando 7,2 segundos a Loeb, mas sobretudo, 48,1 segundos a Latvala, que sofreu um furo e caiu imenso na classificação geral, para o sexto posto. Loeb tinha Ogier atrás dele, a 3,6 segundos, e a Power Stage iria ser o momento do "tudo ou nada".
E assim foi. Tanak foi o vencedor e Ogier ficou na frente de Loeb, mas apenas 0,7 segundos, o suficiente para ficar com o primeiro posto e fazer história. E ter sido a primeira da Citroen nesta temporada foi apenas uma delas.
E no final, apresentava surpresa: “É simplesmente incrível nem acredito! Dei o meu melhor, e nos outros dias tive sempre dificuldades em encontrar o ritmo, exceto neste! Tive um bom feeling no carro logo de manhã e pude forçar o andamento. Estou muito satisfeito, não pensava poder voltar a ganhar um rali novamente”, falou no final do rali, depois de comemorar com uma... cambalhota.
“Este desporto é fantástico, e quando estás numa posição como eu, tens que continuar a lutar. Estou muito feliz com o desempenho do carro. Eu realmente sinto muito pelo erro que cometi e pela equipa, é o que acontece quando se luta por todos os décimos”, disse Latvala, ainda desolado com a chance de vitória perdida por causa do furo na penultima especial.
Depois dos três primeiros - Elfyn Evans ficou com o lugar mais baixo do pódio, trocando de lugar com Thierry Neuville - Dani Sordo foi o quinto, a 18,6 segundos do vencedor, com Ott Tanak a ser sexto, a um minuto e três segundos, na frente de Esapekka Lappi e de Jari-Matti Latvala, e a fechar o "top ten" ficaram o Citroen de Craig Breen e o Hyundai de Andreas Mikkelsen.
Em termos de campeonato... está tudo ao rubro, e é com isso que irão para a Austrália, onde entre os dias 15 e 18 de novembro vão encerrar o Mundial.
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