A Mazda está interessada em regressar a Le Mans, mas coloca como condição fundamental a vitória na IMSA. Até lá, as atenções estão concentradas na competição americana, onde está oficialmente, numa parceria com a Team Joest.
Numa entrevista recente à publicação The Drive, Masahiro Moro, o CEO da Mazda North America, afirmou que conversa frequentemente com Pierre Fillon, o presidente da ACO, e Jean Todt, da FIA, sobre a situação da Endurance para um eventual regresso a Le Mans. "Nós estamos em contato com o ACO e tenho-me encontrado pessoalmente com o Pierre Fillon e o Jean Todt para discutir. É importante para nós [Mazda] estarmos atualizados", começou por afirmar.
"Precisamos de uma grande equipa [Mazda Team Joest] e um ótimo carro, uma ótima gestão de corrida - e, é claro, recursos", continuou Moro-San. "O Team Joest venceu as 24 Horas [de Le Mans] 15 ou 16 vezes, por isso há definitivamente muita capacidade para gerir esse lado também. Acho que estamos ansiosos para [ver] qual será o nosso futuro, com o passar do tempo [para decidir] competir nas 24 Horas. Neste momento o nosso grande objetivo é, acima de tudo, conseguir um campeonato aqui [na IMSA]. O sr. Joest é uma pessoa muito forte e definitivamente está exigindo um título - depois disso, vamos pensar no próximo passo."
Moro afirma que o WEC teria a ganhar se adoptasse os DPi na competição, pois assim, a Endurance ganharia um regulamento unversal e competições como as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring seriam tão importantes como as 24 Horas de Le Mans ou as Seis Horas de Spa-Francochamps ou Fuji, permitindo que as marcas colocassem os seus chassis em todas essas proas, em todas as competições, fossem a IMSA ou o WEC.
"Nos últimos anos, a ACO, com o WEC, e a IMSA cruzaram eventos e equipas como nas 12 Horas de Sebring, portanto acho que quando se trata do Balanço de Performance (BOP) nos EUA, acho que é bom agora", falou o dirigente do construtor baseado em Hiroshima. "Do meu ponto de vista, o formato DPi é muito económico para as equipas, então isso é bom. Isso significa que mais equipas podem entrar e participar, o que é importante para a série."
"Espero que este ano a FIA pense como podem trazer mais equipas para o campeonato e nós [Mazda] esperamos que os regulamentos [entre as séries] se tornem muito mais próximos. Espero que haja uma regulamentação universal - acho que seria uma boa fórmula para corridas globais - mas isso também é uma coisa muito política. Seria ótimo não só para mim, mas também para os fãs da Mazda que constantemente nos apoiam”, concluiu.
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