Que os carros elétricos vieram para ficar, isso é um facto, por muitos que se riam ou fiquem zangados. A Tesla não é a única que está a agitar as coisas, e os factos estão a provar que Elon Musk e os seus engenheiros são pessoas muito mais sérias que esperavam os céticos e aqueles que apostaram no fracasso desta tecnologia.
As marcas que conhecemos estão a começar a apostar a sério na eletricidade, uns porque o mercado ou a politica os força a isso, outros porque uma nova geração está no poder e saber que aquele é o caminho. Pelo menos o mais veloz, porque outros são ou demasiado complexos, ou já foram ultrapassados pelas circunstâncias.
Contudo, desde o final do ano passado que uma outra marca americana está a aparecer nas noticias, com força: a Rivian. Sediada nos Estados Unidos, andou nove anos a construir dois modelos de pickup elétricos num país onde eles são reis: o R1T e o R1S, o primeiro uma carrinha de caixa aberta, o segundo inspirado nos Range Rover. Ambos estarão à venda em 2020, serão fabricados no Illinois e terão baterias com autonomia de 400 milhas, cerca de 640 quilómetros. E desde que foi apresentado, a Rivian tem anunciado que anda a recolher dinheiro de entidades como a Amazon e agora, a Ford. A marca da oval anunciou esta semana que vai investir 500 milhões de dólares e vai ajudar a montar um carro elétrico para a marca fundada por Henry Ford.
RJ Scringe, o fundador da marca, comentou sobre o evento:
"Esta parceria estratégica é outro marco importante em nosso esforço para acelerar a transição para a mobilidade sustentável. A Ford tem um compromisso de longa data com a sustentabilidade, com Bill Ford sendo um dos primeiros defensores do setor, e estamos entusiasmados em usar nossa tecnologia para colocar mais veículos elétricos na estrada.”
Bill Ford, presidente executivo da Ford, também comentou sobre o investimento:
“Estamos empolgados em investir e fazer parceria com a Rivian. Conheci e respeito o RJ partilhamos o objetivo comum de criar um futuro sustentável para nosso setor por meio da inovação".
Apesar disso, a parceria não abrange dois dos modelos mais emblemáticos da marca: o F-150 e o Mustang, do qual a Ford afirma estarem a ser feitos modelos elétricos, mas de forma independente.
A Rivian deseja fazer até 250 mil modelos dos seus carros elétricos todos os anos, e a Ford poderá dar uma ajuda nesse campo.
O facto de haver parcerias em marcas de raíz elétrica na América até tem de fazer sentido por causa de outros mercados, como a China. O país fez em 2018 cerca de um milhão de modelos elétricos e é um marcado cada vez mais em ascensão, pois tem mais de duas dezenas de marcas a apostar totalmente na propulsão elétrica e ameaça tomar conta do mercado de automóveis mundial, caso este seja lento a fazer a sua transição para os elétricos.
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