terça-feira, 2 de abril de 2019

A imagem do dia

Mick Schumacher passando na reta da meta do circuito de Shakir, com a sua mãe, Corinna, a observar das boxes. Uma foto simbolicamente significativa. 

Michael Schumacher, parecendo que não, saiu da Formula 1 no final de 2012, depois de uma passagem modesta pela Mercedes. Um ano depois, o seu acidente nos Alpes franceses, em Méribel, o condenou a uma privacidade perpétua, dado que não vai ser mais o mesmo.

Depois disso, Corinna dedicou-se a cuidar do seu marido, mas quase ao mesmo tempo, via o seu filho Michael Jr. a percorrer as categorias de acesso à Formula 1. Agora está na Formula 2, mas já é piloto de testes da Alfa Romeo, com a possibilidade para fazer o que fez hoje. E o simboilismo da imagem, de Corrina a er um Schumacher no carro vermelho, faz despertar imensa gente, especialmente os que acham o alemão um deus, o melhor de todos os tempos. Uma discussão tão relevante quando o sexo doa anjos. 

Os tempos de Mick também fizeram despertar a ideia de que tem estofo de campeão. Mas ele não é o primeiro, nem será o último filho de campeão num Formula 1. Aliás, qualquer dia veremos a Formula 1 uma coutada onde as familias colocarão os seus filhos, netos e bisnetos nestes carros para perpetuarem os apelidos famosos. Para terem uma ideia, já vão a caminho dois netos do Emerson Fittipaldi.

Mas muitas das vezes, os filhos não são os pais. Mick não teve uma entrada brilhante, e apenas no ano passado é que mostrou alguma coisa, quando se tornou campeão da Formula 3 e não venceu em Macau, por exemplo. E a entrada na Formula 2, na semana que passou, no Bahrein, foi modesta.

Em suma, está a ser interessante. Mas até vermos se ele têm o estofo de campeão... só conheci dois exemplos de pilotos onde os filhos foram melhor que os pais: Jacques Villeneuve e Max Verstappen. E Nico Rosberg foi igual a Keke Rosberg. Todo o resto foi inferior.

4 comentários:

  1. O Magnussen também está a ser melhor que o pai...

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  2. Haja alguém que reconheça esta realidade e que desconfie desta omnipresença dos apelidos, em vez de embasbacar de emoção.

    (E sem ser necessário relembrar as acusações de Dan Ticktum, que, olhando à mudança súbita nos resultados, fazem sentido.)

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  3. Paulo:

    Verdade, nem me lembrei do Jan Magnussen.

    Ismael:

    Eu acho que essa coisa dos apelidos é mais um facilitismo que outra coisa. Parece que voltamos à monarquia ou algo assim...

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  4. discordo em dizer que Jacques foi melhor que Gilles

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...