Soube-se este sábado que a Liberty Media pensa usar três provas da próxima temporada para se fazer uma experiência de qualificação diferente. Essas corridas de "sprint", com cem quilómetros de extensão, teriam grelha invertida e o seu resultado seria usado no dia seguinte para definir a grelha de partida.
As corridas seriam as de Paul Ricard, Spa-Francorchamps e Sochi, que este ano calham em julho, setembro e outubro. Nessas corridas de sprint, sem paragens, os pilotos teriam liberdade de escolha de pneus para a partida, e não haveria necessidade de utilizar dois compostos de pneus. Caso estas corridas de qualificação revelarem ser um sucesso, poderão ser utilizadas de forma mais extensiva no futuro, mas nunca seriam usados todos os fins de semana do calendário da Formula 1.
A ideia também seria para que começassem a ser usados a partir de 2021, com as novas regras, mas para isso acontecer, terá de haver unanimidade. E isso... não está a acontecer. Parece até ser o contrário. O assunto está a ser amplamente discutido nas reuniões entre a FIA, a Fórmula 1 e os representantes de equipa, em Suzuka, mas apesar dos esforços da Fórmula 1 e da Liberty Media para realizar esta ideia, existem rumores de que nem todas as equipas estão de acordo. Alguns falam de possíveis danos aos carros durante essas corridas, que poderiam prejudicar a corrida do dia seguinte, e também alguns pilotos já se mostraram contra essa ideia de grelhas invertidas.
Contudo, essa regra está colocada no conjunto das novas regras para 2021 que a Liberty Media anda a negociar com as equipas, e que deseja aprovar até ao final do mês, e do qual boa parte das equipas parece não concordar. Mas segundo as regras, uma mudança para 2021 não exigirá unanimidade se esta for feita antes do final de abril de 2020.
Veremos se esta experiência vai acontecer ou não. Mas não ficaria admirado se for como aconteceu com os pontos duplos em Abu Dhabi: uma experiência sem consequências.
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