Foi hoje anunciado que Nanni Galli, piloto de Formula 1 e Endurance, correndo muito tempo pela Alfa Romeo, morreu aos 79 anos de idade. Piloto durante mais de uma década, entre os meados dos anos 60 e o meio dos anos 70, fez 20 Grandes Prémios entre 1970 e 1973, sem pontuar.
Nascido a 2 de outubro de 1940 em Bolonha como Giovanni Giuseppe Gilberto Galli, filho de um industrial na área textil, começou a se interessar pelo automobilismo em 1964, mas para escapar à oposição dos pais, decidiu adoptar a alcunha de "Nanni", para poder correr provas a bordo de um Steyr-Puch de 500cc. No final desse ano adquire um Mini Cooper e em 1965 vence o campeonato italiano de turismos na classe 1150cc. No ano a seguir, adquire um Alfa Romeo GTA, preparado pela SCAR Autosdrada, e os seus resultados são suficientes para em 1967 ser contratado pela Autodelta para correr nos seus bólidos.
Ao mesmo tempo que corre algumas provas na Formula 2 numa Brabham privada, na Alfa Romeo, conseguiu alguns feitos interessantes. Na Targa Florio, ao lado de Ignazio Giunti, acabou na segunda posição, e nas 24 Horas de Le Mans, acabou no quarto lugar, o melhor dos carros da marca italiana, e de novo ao lado de Giunti.
Em 1969, vence o GP de Mugello, a bordo de um Alfa Romeo T/33, ao mesmo tempo que corria pela Tecno onde foi segundo classificado na prova de Tulin, na Áustria.
No ano seguinte tem a sua primeira corrida na Formula 1, em Monza, num McLaren-Alfa Romeo, no lugar de outro compatriota seu, Andrea de Adamich. Infelizmente, acabou por mão se qualificar. Galli acabou por participar no ano seguinte, num March 711 com motor Alfa Romeo, na tentativa de ter um motor V8 da marca. Falhou a qualificação no Mónaco, mas depois participou no resto da temporada, conseguindo como melhor resultado um 11º posto na corrida de Silverstone.
Em 1972, Galli ajudou no projeto da Tecno na Formula 1, que tinha um motor flat-12 construido pela marca. O carro estreou-se no Grande Prémio da Republica Italiana, no circuito de Vallelunga, onde terminou na terceira posição, antes da estreia oficial, em Nivelles, palco do GP da Bélgica, antes de em Clermont-Ferrand, ter a oportunidade de correr num Ferrari oficial. Contudo, a sua prova foi modesta, acabando apenas na 13ª posição, a uma volta do vencedor, depois de ter partido de 19º.
No final de 1972, sai de uma Tecno pouco competitiva, para correr no Iso-Marlboro, a equipa de Frank Williams. Um nono posto no GP do Brasil foi uma promessa, mas ao fim de cinco corridas, decide sair da equipa, não voltando a correr na Formula 1. Em 1974, faz duas provas pela Osella, antes de pendurar de vez o capacete e dedicar-se à firma familiar, aparecendo frequentemente em provas de clássicos, guiando carros da Alfa Romeo.
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