Por muito que se diga que Michael Schumacher foi um dos melhores pilotos da história do automobilismo, ninguém esquece deste dia. E por muito que se justifique este acto por parte dos defensores do piloto alemão, e diga que outros tinham feito antes, os factos são estes e nada escapa disso: Schumacher impediu - de propósito ou não - Damon Hill de prosseguir no GP da Austrália de 1994, e ao fazer isso, tornou-se campeão do mundo. E sorriu quando soube desse facto. E hoje passam-se 25 anos sobre uma das manobras mais polémicas da história da Formula 1, que aconteceu no circuito urbano de Adelaide.
Hoje em dia ainda se sente essas consequências. Quando se fala do alemão, pode-se falar dos seus feitos, mas também se fala de Adelaide 1994 e Jerez 1997, quando se sente a hostilidade de Sebastian Vettel por parte dos fãs, em contraste com a devoção desses mesmos a Lewis Hamilton, parece a repetição de eventos agora com um quarto de século, sem mortes e guerras. Claro, esses fãs, que exasperam tudo nas redes sociais, esquecem-se que Hamilton e Vettel não tem nada a ver com essa luta. Respeitam-se na pista e dão se bem fora dela. Mas neste mundo em que vivemos, estas coisas não se esquecem e há quem faça com que as gerações seguintes peguem o preço, porque para eles, é um crime imprescritível, para toda a eternidade.
Que Schumacher tinha tudo para vencer o campeonato, tinha. Apesar das dúvidas sobre a sua máquina, das tragédias de Imola e da paranóia securitária das semanas seguintes, das desclassificações em Silverstone e das suspensões na ronda ibérica, tudo para levar Damon Hill ao colo e evitar que o título fosse decidido quatro corridas antes contra a Williams - uma ironia, dado o domínio nas duas temporadas anteriores - no final, foi em Adelaide que tudo se decidiu. Com um toque, e com o alemão a sair melhor. Não na fotografia, claro, mas no "score" geral.
Quem beneficiou com tudo isto foi um veterano: Nigel Mansell. Orfã de campeões do mundo, a Formula 1 foi buscar Mansell, que vivia uma segunda vida na CART, para correr as rondas finais da temporada. Um quarto posto em Suzuka, à chuva, deu alguma dignidade, mas com os odis primeiros de fora em Adelaide, fez o que tinha a fazer e comemorou a sua 31ª e última vitória, aos 41 anos de idade, ao lado de outros dois veteranos, Gerhard Berger e Martin Brundle. Mansell continuaria por mais um ano, na McLaren, mas entrou mais nos anais da ridicularia que outra coisa.
Quanto ao que aconteceu, as discussões podem estar hoje muito mais diminuídas do que agora, mas ficou para sempre. De uma certa forma, estes são apenas os primeiros 25 anos da eternidade.
Quem beneficiou com tudo isto foi um veterano: Nigel Mansell. Orfã de campeões do mundo, a Formula 1 foi buscar Mansell, que vivia uma segunda vida na CART, para correr as rondas finais da temporada. Um quarto posto em Suzuka, à chuva, deu alguma dignidade, mas com os odis primeiros de fora em Adelaide, fez o que tinha a fazer e comemorou a sua 31ª e última vitória, aos 41 anos de idade, ao lado de outros dois veteranos, Gerhard Berger e Martin Brundle. Mansell continuaria por mais um ano, na McLaren, mas entrou mais nos anais da ridicularia que outra coisa.
Quanto ao que aconteceu, as discussões podem estar hoje muito mais diminuídas do que agora, mas ficou para sempre. De uma certa forma, estes são apenas os primeiros 25 anos da eternidade.
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