Quando, ao vemos um filme e lemos a frase "baseado numa história real", somos levados a acreditar que vão contar as coisas ponto por ponto. Nada mais errado, mas as pessoas acreditam nisso. E como disse ontem, quando escrevia o último capítulo sobre o duelo entre Ford e Ferrari - podem ler aqui, caso queiram - não esperem toda a história do duelo enfiado em duas horas e meia de película. Aliás, o título é enganador, é um chamariz: na realidade, é a relação entre Carrol Shelby, uma lenda do automobilismo, e o britânico Ken Miles, que ajudou a desenvolver o GT40, um dos carros mais míticos da história do automobilismo.
E é isso que este filme se trata: é a história de dois homens e um objetivo. Nesse campo, é um filme muito bom. Há cenas fantásticas - para mim, a melhor delas é a reunião da Ford com Enzo Ferrari e a resposta a Henry Ford II, onde o atinge no seu orgulho - e os cenários, embora não todos reais, conseguem ser verosímeis, como Daytona, Le Mans, e a mitica reta das Hunaudriéres.
As cenas são boas, tive impressão de andar a ver episódios do "Mad Men", onde o contraste entre Dearborn e Maranello era grande, e as interpretações dos dois atores a fazer de Shelby e Miles, bem como a sua família, onde se vê que a chance de correr pela Ford aconteceu numa altura em que ele estava aflito de finanças - a sua oficina tinha sido forçada a encerrar quando o IRS lhe fez uma visita, em 1963.
As cenas são boas, tive impressão de andar a ver episódios do "Mad Men", onde o contraste entre Dearborn e Maranello era grande, e as interpretações dos dois atores a fazer de Shelby e Miles, bem como a sua família, onde se vê que a chance de correr pela Ford aconteceu numa altura em que ele estava aflito de finanças - a sua oficina tinha sido forçada a encerrar quando o IRS lhe fez uma visita, em 1963.
Agora, há cenas inverosímeis, e maior delas todas é Enzo Ferrari em Le Mans. Ele nunca viu corridas ao vivo depois da II Guerra Mundial, e só ia a Monza. Portanto, vê-lo nas boxes na clássica francesa é simplesmente... hollywoodesco.
Mas claro, vejam o filme com mente aberta. Não quero que esqueçam isto: é um filme americano, que conta uma vitória americana. De uma certa forma, o "spoiler" está contado desde 1966. Mas mesmo assim, vale a pena. Por causa da relação humana entre dois excelentes personagens e de um tempo que já não volta mais, Nesse campo, está bem feito, as recriações são excelentes, e as paisagens são fantásticas.
Em suma: vale a pena o dinheiro gasto para o bilhete. E acho que ambos vão ter nomeações para os Oscares, e mais alguns em termos técnicos e realização, talvez melhor filme. Se isso acontecer, vai entrar na imaginação dos "petrolheads" como entrou "Grand Prix", "Rush" ou "Le Mans".
Mas claro, vejam o filme com mente aberta. Não quero que esqueçam isto: é um filme americano, que conta uma vitória americana. De uma certa forma, o "spoiler" está contado desde 1966. Mas mesmo assim, vale a pena. Por causa da relação humana entre dois excelentes personagens e de um tempo que já não volta mais, Nesse campo, está bem feito, as recriações são excelentes, e as paisagens são fantásticas.
Em suma: vale a pena o dinheiro gasto para o bilhete. E acho que ambos vão ter nomeações para os Oscares, e mais alguns em termos técnicos e realização, talvez melhor filme. Se isso acontecer, vai entrar na imaginação dos "petrolheads" como entrou "Grand Prix", "Rush" ou "Le Mans".
Olá! Parabéns pelo seu blog e, principalmente, pela sequência de histórias sobre o filme. Eu assisti na sexta feira. Fiquei com a impressão no filme que o Sr. Leo Beebe era uma pessoa que jogava sujo e não tive a mesma impressão ao ler os seus textos. Do mais, filme muito bom mesmo.
ResponderEliminarEduardo Gomes
São Paulo/SP