O Rali Dakar acabou nesta sexta-feira com os triunfos do espanhol Carlos Sainz nos automóveis e do americano Ricky Brabec nas motos, entre outras categorias. O ex-piloto de ralis, duas vezes campeão do mundo, e navegado por Luís Cruz, conseguiu aqui a sua terceira vitória na geral da sua carreira, depois de triunfos nas edições de 2010 e 2018.
No final, o espanhol agradeceu à Mini e aos que estiveram por trás do projeto, por terem auxiliado nesta vitória, explicando que a consistência foi a chave para este triunfo:
“Estou muito contente. Houve muito esforço por detrás desta vitória, muito treino. Começamos a ganhar este Dakar logo no primeiro dia, onde começamos a andar a fundo.”, afirmou.
Sainz bateu no final o qatari Nasser Al Attiyah por 6.21 minutos, conseguindo também superar o francês Stephane Peterhansel. O piloto da Toyota já afirmou que pretende regressar em 2021 com o objetivo de triunfar.
“Estou muito feliz. Fizemos um excelente trabalho para terminar na segunda posição, apesar de dois ou três erros no total. Estou feliz por correr aqui e para o ano vou voltar para vencer. Só preciso de mais um pouco de sorte.”, afirmou.
Em termos de etapa propriamente dita, Foi Nasser o grande vencedor, mas apenas ganhou 1.32 minutos sobre o francês Seiadan. O argentino Orlando Terranova foi o terceiro, a 3.16, mais nove segundos que Fernando Alonso, que terminou num digno quarto lugar na etapa, e foi o 13º da geral depois desta sua primeira experiência nas areias do deserto.
No final, o piloto das Asturias afirmou o que pensou desta experiência:
“Estou feliz por terminar o Dakar. É um Rally muito difícil. Todos os dias tivemos um desafio novo. Sei que existem pessoas que levam tempo a terminar pela primeira vez. Eu tive a sorte de estar na equipa perfeita para fazê-lo.”, começou por dizer à imprensa espanhola.
“A Fórmula 1 e o Dakar são extremamente diferentes. Se aqui consigo ser competitivo e lutar pela vitória em algumas etapas, consigo ser competitivo noutras categorias.”
Alonso disse que pretende voltar ao Dakar, porque pretende vencer esta competição. Mas não afirma que estará à partida em 2021.
“Agora não quero pensar se vou repetir ou não. Estou feliz com esta primeira experiência. Se voltar no futuro, quero fazê-lo para vencer, para acrescentar mais uma vitória na minha carreira. Tenho de ter a melhor equipa, a melhor preparação e o melhor carro. Acho que ainda não é a altura.”
No lado das motos, Ricky Brabec comemorou o título e deu à Honda a sua primeira vitória desde 1989, quando o francês Gilles Lalay o conseguiu, quando a prova ainda era feita em paragens africanas. Curiosamente, a estrutura da Honda no Dakar tem entre eles dois ex-pilotos portugueses, Ruben Faria, que é o diretor-geral, e Hélder Rodrigues, que está ali como conselheiro. Foi graças a eles que Brabec ficou na liderança do Dakar a partir da terceira etapa, para não mais a largar.
Contudo, na etapa, o vencedor foi o chileno Cornejo, noutro Honda, que aproveitou a vitória para subir ao quarto posto da geral, na frente de Brabec, que controlou a todos e confirmou o seu triunfo. Pablo Quintanilla foi o quinto na etapa, mas ficou com o segundo posto da geral, a 3.32 minutos do vencedor, enquanto Toby Price foi o terceiro, dando o pódio à KTM, que depois de 18 anos, vê o seu domínio terminado.
Agora, o Dakar regressa em 2021, nas areias sauditas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...