No mesmo dia em que o Williams foi apresentado, a Racing Point mostrou as suas cores. Na realidade, tinha mostrado no domingo, mas hoje é que foi a apresentação oficial. Numa altura de transição na equipa - Lawrence Stroll está a caminho da adquirir a Aston Martin e é provável que a estrutura terá um novo nome em 2021 - em termos de duplas de pilotos, tudo está na mesma: Lance Stroll e o mexicano Sergio Perez.
Depois de uma época de 2019 abaixo das expetativas, a equipa acha que com as evoluções positivas no final da temporada passada, podem aspirar a voltar à luta pelo "Top 5". A dupla de pilotos mantêm-se e tem contratos de longa duração, pelo que a estabilidade está garantida. E para além disso, há o investimento em infraestruturas novas em Silverstone, a sua sede.
“A equipa vem competindo há 30 anos com diversos nomes [começou como Jordan, passou a ser Midland, Spyker e Force India] e está mais do que pronta para virar equipa de fábrica”, começou por dizer Otmar Szafnauer. “O Lawrence [Stroll] já falou com os funcionários semana passada e deixou claro o objetivo de estabelecer a Aston Martin como uma das equipas de ponta do automobilismo. É empolgante fazer a transição para uma equipa de fábrica e temos praticamente um ano inteiro para fazer essas mudanças, com a maioria delas acontecendo nos bastidores”, continuou.
Contudo, Szafnauer afirma que a mudança não terá impacto na temporada que aí vêm:
“Não há impacto imediato na nossa campanha atual [2020]. Vamos seguir competindo como Racing Point até a mudança de nome no começo da temporada de 2021”, continuou.
Em relação ao que se pode esperar para 2020, ele afirma que o objetivo é se quarta classificada no Mundial de Construtores. O que não é fácil, dadas as ambições de McLaren, Renault e Haas, por exemplo.
“Queremos ficar em quarto de forma convincente", começou por afirmar. "Nós queremos ficar mais perto do que nunca do top-3, queremos liderar o pelotão intermédio. Ano passado foi um pouco difícil e terminamos em sétimo, na parte de trás do pelotão intermédio, mas esse ano queremos dar um passo adiante e ficar onde costumamos estar. Para isso, houve muito desenvolvimento ao longo do inverno”, continuou.
“Não é fácil porque a concorrência está mais forte. A McLaren fez um trabalho muito bom ano passado e a Renault, com a força de uma montadora e mais de 650 funcionários, não é algo fácil também. Mesmo a Toro Rosso [agora AlphaTauri], com a reação da Honda, esteve muito bem no fim do ano”, concluiu.
Agora, a equipa rodará com o chassis em Barcelona, para os testes coletivos.
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