Passado o fim de semana, e com os casos a aumentarem fora da China - no país propriamente dito, o foco inicial da epidemia, os casos tem vindo a diminuir - há duas grandes novidades. A primeira é que a corrida de Melbourne, a primeira do campeonato, pode acontecer mesmo sem que a Ferrari e a Alpha Tauri possam aparecer devido a eventuais restrições levantadas pelo governo australiano para os voos vindos de Itália. E o mesmo pode ser aplicado ao Bahrein, apesar das crescentes restrições por parte desse país aos voos vindos de Itália.
Sobre a corrida australiana, qualquer decisão será anunciada amanhã. A prova é a 15 de março, uma semana antes do Bahrein. E qualquer decisão sobre a segunda corrida da temporada, acontecerá, na pior das hipóteses, em cima da hora.
Contudo, com ou sem planos de contingência - que devem estar ser colocados neste momento - surgiu esta tarde uma novidade: a prova de abertura da MotoGP, no Qatar, que deveria realizar-se no dia 8 de março, foi cancelado para a classe raínha, enquanto continua marcado para a Moto2 e Moto3. As razões têm a ver com a restrição de voos vindos de Itália e Japão. E este cancelamento poderá colocar em dúvida as quatro corridas seguintes, as da Tailândia, Estados Unidos e Argentina. Caso o pior aconteça, a temporada poderá ter de ser adiada até Jerez, onde a 3 de maio acontece o GP de Espanha.
Mas a razão porque o GP qatari foi cancelado apenas para a classe rainha foi porque a Moto2 e Moto3 já estão no emirado para os testes de pré-temporada. Se não estivessem ainda, era provável que também tivessem sido cancelados. E o que tem a ver com a Formula 1? Muito. Caso os italianos apanhem aviões que façam escala no Qatar, o período de quarentena obrigatória é de 14 dias, no mínimo. Logo, o limite é... este domingo, dia 1.
De resto, ainda temos mais algumas dúvidas sobre outras competições. A Formula E, como é sabido, suspendeu - ou cancelou - a corrida de Sanya, prevista para o dia 21 de março e o GP da China foi também adiado. Mas a prova seguinte, a 4 de abril, é em Roma. E Itália é o foco europeu da doença, apesar de estar contida na Lombardia, a mais de 900 quilómetros da capital. Ainda não chegou ao topo, mas é provável que no mês que vai começar agora, todos andam monitorizando a situação.
Aliás, durante a semana, Jean-Eric Vergne esteve mal de saúde e submeteu-se a uma bateria de exames para despistar uma possível possibilidade do coronavirus. Em França, 130 casos deram positivo e já houve duas mortes.
Em suma, tudo está mutável, e as certezas de hoje são as dúvidas de amanhã.
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