Da Áustria à Hungria é um pulo. As restrições até são maiores na Hungria - houve recentemente um aumento de casos - mas isso não impede que a Formula 1 continue o seu espectáculo. Em circos vazios, sem dúvida, mas o que interessa que isso não é tudo. Há milhões de fãs em casa que não podem ir aos circuitos nestes tempos, mas querem os ver correr, até é bom para a saúde mental.
O tempo não se afigurava bom neste final de semana. A chuva poderia aparecer a qualquer momento neste sábado, a se fosse como na semana passada, iria ser algo confuso, uma espécie de "baralhar para dar", apesar da Mercedes nunca deixar de ser a favorita. Mas quando o semáforo ficou verde, a chuva não caia e todos sairam para a pista com as misturas indicadas para a sessão: muitos moles, alguns médios.
No final, entre os que ficaram de fora foram os Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen, os Haas de Kevin Magnussen e Romain Grosjean e o Alpha Tauri de Daniil Kvyat. Tirando o russo, todos os outros têm motores Ferrari.
E... quem diria! Duas Williams na Q2? Há ano e meio que não viamos nada disso!
Pouco depois, começou a Q2. Com o tempo a ameaçar, mas sem chuva, os Mercedes começaram a colocar tempos, com Sebastian Vettel logo atrás, com pneus moles, todos na frente de Max Verstappen. Em contraste, Charles Leclerc era apenas 11º e tinha de marcar um tempo para seguir à Q3, onde a última vaga pertencia a Daniel Ricciardo.
A parte final da Q2 foi competitiva, como seria de esperar. Todos estavam de macios, excepto os Racing Point, e se os Mercedes não melhoraram, Lando Norris dava um ar da sua graça ao ser terceiro provisório, na frente de Vettel e Verstappen. Os Racing Point entraram no "top ten". Charles Leclerc teve uma boa volta e ficou com o terceiro lugar, colocando fora o australiano da Renault, que fazia companhia ao seu companheiro de equipa, Esteban Ocon, aos dois Williams e o Red Bull de Alex Albon.
Na Q3, a parte final da qualificação, as hostilidades começaram com Hamilton a fazer 1.13,613, recorde da pista. Bottas era 3 décimos mais lento, seguido por Lance Stroll e Max Verstappen. Pierre Gasly tinha problemas de motor no seu Alpha Tauri e não iria participar. E pouco depois, o holandês da Red Bull também tinha o mesmo tipo de problemas, e não conseguia melhorar os seus tempos. Pouco depois, Sebastian Vettel fez o quarto melhor tempo, pasando Verstappen.
E com alguns pingos de chuva, os pilotos começaram a marcar tempos o mais rapidamente possivel, para não ser apanhado pelas condições. Sergio Perez, que tinha visto anulado o seu tempo porque tinha saído dos limites na curva 4, conseguiu o quarto melhor tempo, na frente dos Ferrari de Vettel e Leclerc. E nos momentos finais, Hamilton faz 1.13,447, um décimo melhor que Valterri Bottas. E os dois carros eram quase um segundo mais rápidos que a concorrência.
No final, pole numero 90 para o britânico - ele vai ficar com os recordes todos! - e tudo indica que Lance Stroll conseguiu dar o seu melhor e ficar numa posição que o pode colocar no pódio... dependendo do ritmo de corrida. Vettel era quinto, na frente de Leclerc e Verstappen, melhor um pouco, mas no campo geral, não é aquilo que os tiffosi desejam. E a volta foi perfeita: se na semana passada, Hamilton acelerou na chuva, hoje, o carro estava tão perfeito que ele dizia que fazia as curvas como se estivesse num trilho. Acho que o título está entregue, vamos a ver quem será "o melhor do resto".
Amanhã haverá mais, provavelmente em piso seco.
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