terça-feira, 4 de agosto de 2020

The End: Ernesto "Tino" Brambilla (1934-2020)

Ernesto
"Tino" Brambilla, piloto versátil dos anos 60, quer em motos e automóveis, morreu esta segunda-feira aos 86 anos. Era o irmão mais velho de Vittorio Brambilla, que andou nos anos 60 e 70 em motos e automóveis pela March, Surtees e Alfa Romeo, entre outros.

Nascido a 31 de janeiro de 1934 em Monza, foi o mais velho de quatro irmãos, cujo pai era o dono de uma oficina mecânica perto do circuito que tinha sido erguido. Seguiram o oficio do pai, mas em 1953, Ernesto ficou com o bichinho da competição, estreando-se no motociclismo, numa Rumi de 125cc. Rumou à MV Agusta no ano seguinte, onde foi campeão italiano, e ficando na marca até 1959, onde foi terceiro classificado no GP da Alemanha de 350cc.

Em 1960 corre na Bianchi, onde se torna campeão italiano de 500cc, e no ano seguinte corre no mundial, na classe 350cc, onde acabou na décima posição. No final do ano, vai para a Moto Morini e em 1963, troca as duas pelas quatro rodas, primeiro no karting, depois na Formula 3, e no final do ano, ainda se estreia na Formula 1 a bordo de um Cooper-Maserari pela Scuderia Centro Sud, não se qualificando para o GP de Itália.

Vice-campeão da Formula 3 italiana em 1965, é campeão no ano seguinte, a bordo de um Brabham, em 1967 envolve-se num acidente grave em Caserta, quando acontece uma carambola que custou a vida a Giacomo "Geki" Russo, Romano "Tiger" Perdomi e o suíço Fehr Beat. Em 1968 segue para a Formula 2, onde acaba no terceiro lugar no europeu da categoria, vencendo duas corridas a bordo de uma Ferrari Dino. No ano seguinte, volta à Formula 1, no GP de Itália, mas apenas participa nos treinos, pois devido a problemas físicos, não pode competir e no seu lugar corre o mexicano Pedro Rodriguez, que será sexto na corrida. Nessa temporada, é sétimo na Formula 2, com dois pódios.

No inicio da década, deixa a ribalta para o seu irmão Vittorio, que também veio das motos para correr nos automóveis, com maior sucesso. Dedica-se até à reforma em cuidar da oficina mecânica familiar numa das catedrais do automobilismo, que não era mais do que o seu quintal, e em 2015 escreveu a sua autobiografia, de seu título "Foi sempre um prazer vencer"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...