“Esta é uma situação que precisa ser entendida pela Fórmula E e pela organização da Fórmula E”, começou por dizer Toto Wolff logo após o anúncio do abandono da rival BMW. “Precisamos acelerar a discussão sobre os limites de custos para tornar o campeonato financeiramente mais sustentável. Precisamos discutir a distribuição das receitas. E precisamos discutir a estabilidade das regulamentações daqui para frente. Tudo isso está sobre a mesa e é importante para todos nós”.
Quem reagiu às palavras de Wolff foi a Porsche, que hoje, através de Fritz Enzinger, o Vice-Presidente da Porsche Motorsport, avisou que todos estes anuncios deveriam servir como aviso para que parem e pensem sobre o rumo que isto está a tomar e sobre a subida de custos da Formula E.
"Nós concordamos com a Mercedes, devemos aproveitar a situação actual como uma oportunidade para nos sentarmos, avaliarmos e compreendermos [como explorar] mais potencial para tornar este jovem campeonato ainda mais forte num futuro próximo". Ou seja, apesar de ambas as marcas terem dito que ficariam em 2021, ainda não disseram se continuariam na competição ou se comprometeriam com os carros da Gen3.
Em suma: as marcas não gostam da maneira como a FIA está a encarar esta competição. Já descobriram que há mais maneiras de desenvolver os seus projetos elétricos, como o Extreme E, por exemplo, e a maneira como a competição foi afetada por causa da pandemia do coronavirus - que tirou a chance da competição no centro das cidades, algo do qual era a sua essencia - e o facto de ainda nada terem decidido sobre o futuro próximo poderá fazer, poderá ter colocado esta competição numa situação inesperadamente frágil.
A nova temporada começa no fim de semana de 16 e 17 de janeiro, nas ruas de Santiago do Chile.
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