No passado dia 17, a Direção-Geral de Saúde publicou aquilo que definiu como os critérios para a realização de ambas as provas com espectadores. Essencialmente, um teste que dê resultado negativo à Covid-19, sendo que no valor pago pelo bilhete já incluirá o teste, que poderá ser feito em laboratórios previamente definidos, segundo a localização geográfica de cada um. A organização da MotoGP desejava uma lotação de dez por cento, ou seja dez mil espectadores, e a Formula 1 pretendia ter entre 25 a 28 por cento, o mesmo número em termos de gente.
A razão de um número tão limitado por parte da organização do GP de Portugal tinha a ver com o evitar certas coisas que aconteceram no passado mês de outubro, que coincidiu com o começo da segunda vaga da doença. Pretendiam isolar bancadas, impedir que fosse possível as pessoas sentarem-se em filas consecutivas, bem como impedir que mais que dois espectadores se sentassem lado a lado. Foi por causa desses ajuntamentos que um mês mais tarde, quando aconteceu a MotoGP, esta foi realizada perante bancadas vazias, empobrecendo a vitória de Miguel Oliveira.
As coisas neste momento estão bem por agora - o RT, ou seja, a capacidade de transmissibilidade de doença é inferior a 0.80, e o numero de novos doentes anda na casa dos 550, dos mais baixos desde o inicio do outono - mas só na terceira semana de março é que começou a ser seguido o plano de desconfinamento, e caso a capacidade suba para acima de um por um, esse plano é congelado de imediato. (...)
Portugal vai ser praticamente o centro das atenções quer em duas, quer nas quatro rodas. Formula 1, MotoGP, WEC, Superbikes, WRC. E dois deles acontecerão nos próximos trinta dias, o que vai causar um constrangimento: é que não terão espectadores, ordens do governo, que quer fazer um plano de desconfinamento sem falhas, numa altura em que boa parte da Europa vive uma terceira vaga. É verdade que são os mais importantes, mas espera-se que quando estiver resolvido, em 2022, se os projetos se mantiverem, terão espectadores.
Tudo isto e muito mais pode-se ler este mês no site Nobres do Grid.
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