Vocês sabem há quanto tempo oiço falar que os carros a hidrogénio são o futuro? Há pelo menos 25 anos. Mais ou menos por essa altura, os carros a eletricidade e a hidrogénio estavam lado a lado como "tecnologia para o futuro", dizendo que ambos tinham potencial para substituir a gasolina, alternativas não poluentes.
Contudo, passado esse tempo, a eletricidade triunfa - a Noruega, por exemplo, é um país onde os carros elétricos representam mais de metade das vendas de carros novos - e marcas como a Tesla são vistos como "o futuro", e teve energia o suficiente para convencer outras marcas de automóveis a dizer que num espaço de dez a quinze anos, não farão mais veículos a combustão. E claro, redes de carregamento estão a ser montadas um pouco por todo o mundo, dezenas de milhares de postos estão a ser montados.
Em contraste, só existem centenas de postos a hidrogénio no mundo inteiro. Uma pequena fração.
Apesar das apostas das marcas asiáticas na energia - Toyota, Honda, Hyundai, entre outros - o processo de fabricação de hidrogénio é difícil, e por vezes têm de se recorrer ao gás natural e... ao carvão para alimentar as usinas de transformação de energia para o hidrogénio. Para além disso, ter um carro desses é caro, muito caro, e a eficiência dos motores a hidrogénio é semelhante aos motores de combustão interna: cerca de 35 por cento. Em contraste, as baterias elétricas, de litio, tem uma eficiência de 90 por cento, que baixam para 80 por cento com o passar dos anos. E o preço dos carros elétricos está a baixar constantemente, num trajeto contrário à autonomia cada vez mais crescente. Um carro elétrico "normal" já dá ao condutor uma autonomia de 300 quilómetros.
Em certos aspetos, ter um carro elétrico é como trocar seis por meia dúzia. E pior: muitos dos que defendem os carros a hidrogénio são aqueles que pura e simplesmente ganharam um ódio aos carros elétricos por simples irritação ou teimosia.
Hoje, o pessoal do Donut Media fez este video sobre os carros a hidrogénio e a razão porque eles fracassaram, depois de terem prometido muito.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...