“O acidente de Romain nos lembra dos perigos que eles enfrentam cada vez que entram no carro, mas também é uma prova dos passos incríveis que o automobilismo deu para melhorar a segurança ao longo dos anos. Sei que a comunidade da Formula 1 vai comemorar por ver Romain de regresso à pista”.
Estas foram as palavas de Toto Wolff quando anunciou hoje que Romain Grosjean terá um teste em Paul Ricard no mês que vêm, numa recompensa pela sua carreira na Formula 1, onde, parecendo que não, durou uma década. Depois do seu aparatoso - e pavoroso - acidente no Bahrein, no final do ano passado, no qual ainda tem queimaduras na mão esquerda que serão provavelmente permanentes, o piloto francês, que corre este ano na IndyCar, viu cumprida uma promessa feita por Wolff aquando do seu acidente: um teste com o Mercedes, desconhecendo-se se será o W12 ou ainda mais antigo.
Este gesto, mais do que generoso, mostra que o mundo da Formula 1 tem respeito por alguém que, apesar dos seus defeitos, teve uma carreira longa. Que o pequeno mundo de pilotos, engenheiros, mecânicos e administrativos sabe distinguir um profissional que cresceu naquele mundo, corrigiu a sua impulsividade e se tornou em alguém mais refinado, é algo digno de admiração. E esta recompensa, mais do que uma celebração da vida, é um tributo a alguém que construiu o seu caminho. Claro, para Grosjean, o ideal teria sido um lugar permanente nas Flechas Negras, mas poder guiar o carro mais dominador da história da Formula 1 é por si uma vitória.
Ele que disfrute do momento, que bem merece.
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