quinta-feira, 13 de maio de 2021

GP Memória - Áustria 2001


Duas semanas depois do final inesperado em Barcelona, o pelotão da Formula 1 estava no vale de Spielberg, na Áustria, para a quinta prova do campeonato, com o piloto alemão na frente e a aproveitar melhor os ataques da McLaren e da Williams, bem mais velozes, mais mais frágeis que os carros de Maranello.  

E se a McLaren ainda sofria com o golpe de Barcelona, as coisas ficaram ainda piores quando souberam a caminho da pista que Paul Morgan, um dos preparadores da Ilmor, a par de Mario Illien, que mexia nos motores Mercedes que lhes deram os títulos mundiais de pilotos de 1998 e 1999, tinha morrido num acidente aéreo, escurecendo ainda mais o ambiente dentro da equipa de Woking. 

No final da qualificação, Michael Schumacher foi mesmo o melhor, conseguindo superar por pouco os Williams de Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher. Rubens Barrichello foi quatro no segundo Ferrari, enquanto na terceira fila estavam o Jordan de Jarno Trulli e o Sauber de Nick Heidfeld. David Coulthard e Mika Hakkinen ficavam com a quarta fila da grelha, algo surpreendente para esta equipa que dominava desde 1998 nas qualificações, e a fechar o "top ten" estavam o segundo Saber de Kimi Raikkonen e o BAR-Honda de Olivier Panis.


Na partida, Schumacher foi mais uma vez surpreendido por Juan Pablo Montoya, ficando com o comando, e Michael ainda sofreu mais porque o seu irmão Ralf também partira melhor e ficava com a segunda posição. Atrás, havia caos: os Jordan de Frentzen e Trulli, bem como o McLaren de Hakkinen e o Sauber de Heidfeld ficavam parados na grelha, causando confusão entre o resto do pelotão, mas sem acidentes. Barrichello vencia o duelo com Coulthard e o quarto posto era dele.

Contudo, no final da primeira volta, o Safety Car entra para que se pudesse tirar o McLaren de Hakkinen, que ainda estava parado na grelha, e os comissários pudessem tirá-lo do lugar. O finlandês não teve outro remédio senão abandonar a corrida de modo prematuro. A mesma coisa aconteceu com Heinz-Harald Frentzen, e Jarno Trulli estava tão ansioso por voltar à corrida que regressou à pista com as luzes vermelhas. Os comissários viram isso e foi logo desclassificado. 

Na frente, Ralf Schumacher começou a sofrer com os seus travões e foi ultrapassado pelo seu irmão. Algumas voltas mais tarde, afundou-se no meio do pelotão. Mas a mesma coisa irá acontecer com Montoya, mas tinha a ver com a degradação precoce dos pneus Michelin, que o fazia dobrar os seus esforços para segurar Schumacher e Barrichello. Na volta 16, o colombiano defendeu-se até ao limite de uma tentativa de ultrapassagem do alemão da Ferrari e ambos acabavam na gravilha.   

Com isso, Barrichello beneficiou grandemente, ficando com a liderança, com... Jos Verstappen em segundo no seu Arrows - ele estava leve e iria parar mais vezes que a concorrência - e Coulthard era terceiro. Schumacher era quarto no final da volta 26, depois de ultrapassar o Sauber de Raikkonen, e tentava apanhar o McLaren de Coulthard. Atrás, Montoya não era tão veloz a recuperar posições porque o carro não lhe deixava. Na volta 41, um problema hidráulico acabava prematuramente a sua corrida.


Até ao final, a hierarquia foi esta. Coulthard levou a melhor sobre Michael Schumacher, com Rubens Barrichello atrás do alemão, cedendo o lugar no último momento depois de pedidos de Jean Todt para que o deixasse passar "a bem do campeonato". Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Sauber de Kimi Raikkonen, na sua melhor classificação até então, o BAR-Honda de Olivier Panis e o Arrows-Asiatech de Jos Verstappen. 

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