A McLaren, através de Zak Brown, colocou um comunicado oficial, lamentando a sua morte e homenageando a sua presença na história da marca.
"Mansour está gravado no coração e na alma desta equipa há quase 40 anos e foi intrínseco ao seu sucesso. Ele era um verdadeiro piloto em todos os sentidos. Ultra competitivo, determinado, apaixonado e, acima de tudo, talvez sua característica definidora: desportivo. Não importa a intensidade da batalha, Mansour sempre colocou o automobilismo em primeiro lugar. Era um titã da nossa modalidade, mas modesto, despretensioso e desarmado para todos que encontrava. Suas maneiras fáceis, perspicácia afiada e humor caloroso tocaram todos aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo.", começa por dizer.
"O legado de Mansour é seguro. [Faz parte] do tecido desta equipa e é perpétuo. Continuamos correndo como ele deseja, nossa determinação é mais forte do que nunca, com sua memória e legado para sempre em nossos corações e mentes.", concluiu.
Nascido a 25 de setembro de 1952 em Paris, era filho de Akram Ojjeh, um empresário sirio-saudita que fundou a TAG, Techniques D'Avant Garde, e de uma francesa. O seu pai era um intermediário na venda de armas entre a França e a Arábia Saudita, entre outros negócios, ao longo da segunda metade do século passado. Estou no Menlo College, nos Estados Unidos, e depois de se ter graduado em 1974, ajudou a fundar a TAG em 1977, com o seu pai.
Em 1981, com a chegada de Ron Dennis à McLaren, este ajuda-o a comprar os 50 por cento que pertenciam a Teddy Mayer. No ano seguinte, pede a Ojjeh para que ajude a conseguir um motor Turbo para a equipa, que apesar de ter um chassis capa de vencer corridas, começava a ficar atrás em termos de motores. Assim sendo, recorreu à Porsche para que construísse um motor V6 Turbo, no qual ele financiasse o seu desenvolvimento. Assim fez, e o motor se estreou no GP da Holanda de 1983, embora sem pontuar. Mas em 1984, com o MP4/2, guiado por Niki Lauda e Alain Prost, venceu o Mundial de pilotos e construtores, repetindo o feito no ano seguinte, e em 1986, conseguiu o mundial de pilotos.
Ao todo, entre 1983 e 87, e com pilotos como Watson, Lauda, Prost, Keke Rosberg e Stefan Johansson, conseguiu 25 vitórias, 54 pódios, sete pole-positions e 18 voltas mais rápidas, ajudando a escrever algumas das páginas mais douradas da história da McLaren. Antes, em 1981 e 82, tinha sido o patrocinador da Williams.
No meio disto tudo, Ojjeh tinha adquirido 14,32 por cento da McLaren Group, e isso incluía a equipa de Formula 1, bem como o departamento de automóveis de estrada, ajudando a crescer a marca um pouco por todo o mundo. E também ajudou o grupo TAG a crescer, onde para além de ter interesses na aviação, finanças e imobiliário, tinha adquirido a marca de relógios Heuer em 1985, criando a TAG-Heuer e fazendo crescer ao ponto de ser adquirido pela Louis Vuitton Group em 1999 por 740 milhões de dólares. Para além disso, tem uma participação minoritária nas marcas de joalheria Asprey e Garrad.
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