domingo, 1 de agosto de 2021

A imagem do dia


Já passaram 45 anos sobre este momento. 

Quem conhece esta história sabe que é das grandes histórias da Formula 1. Porque mais do que vitórias e títulos, houve uma altura da história em que a grande vitória era sobreviver. 

E três anos antes, em Zandvoort, o mundo viu um piloto de Formula 1 a morrer em direto e a cores. A partir daquele momento, apareceu uma corrente a dizer que não poderia mais tolerar que um dos pilotos poderia morrer ao vivo sem que ninguém fizesse algo para o salvar. 

E quem conhece a história, muitos se convencem que por causa de Roger Williamson, Niki Lauda foi salvo. Mas não foi só por causa disso que gente como Guy Edwards, Arturo Merzário, Brett Lunger e Harald Ertl saíram dos seus carros e conseguiram retirá-o do seu Ferrari em chamas, e gente como Emerson Fittipaldi e Hans-Joachim Stuck saíram dos seus carros para mandar parar a corrida e evitar o pior. Porque foi por causa deles que o socorro apareceu em menos de um minuto e a corrida parou quase de imediato, apesar dos destroços terem ficado atravessados na pista.

E o resto é história: um amador filmou as imagens do acidente e correu mundo, a prova foi interrompida e Lauda evacuado, onde ficaria três semanas a lutar entre a vida e a morte, com direito a um padre a dar-lhe a extrema-unção - na terça-feira, 3 de agosto, ele esteve mesmo a morrer por causa da condição dos seus pulmões - e no final, o regresso que rivaliza com o do Lázaro da Bíblia, voltando a guiar 40 dias depois, em Monza.

E claro, o Inferno Verde, que naquele dia viu os carros de Formula 1 pela última vez. Mas aqui, ao menos, o piloto foi salvo. E esses momentos ficaram imortalizados, até Hollywood já contou a história.   

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