quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A situação do calendário da Formula 1


Como foi sabido esta manhã, o GP do Japão foi cancelado, e agora que aconteceu, uma série de eventos irão suceder que porão provavelmente no caminho de mais corridas no Médio Oriente, e algumas nas Américas. A Racer americana contava já nesta terça-feira que soubemos hoje: o anuncio oficial do cancelamento do GP japonês, no circuito de Suzuka, seguindo os passos da MotoGP, em Motegi, e da Endurance, em Fuji. E provavelmente, o WRC também seguirá o mesmo caminho.

Na sequência das discussões em curso com o promotor e as autoridades no Japão, foi tomada a decisão pelo governo japonês de cancelar a corrida nesta época devido às complexidades em curso da pandemia no país. A Fórmula 1 está agora a trabalhar no calendário revisto e anunciará os detalhes finais nas próximas semanas. A Fórmula 1 provou este ano, e em 2020, que nos podemos adaptar e encontrar soluções para as incertezas em curso e está entusiasmada com o nível de interesse em locais para acolher eventos de Fórmula 1 este ano e anos seguintes”, diz a Formula 1 no seu comunicado oficial.

E isso poderá fazer com que tenha começado uma série de eventos em cadeia, do qual a FOM está agora a ordenar no sentido de fazer cumprir o objetivo dos 23 Grandes Prémios em 2021. E poderá implicar duas corridas na América, e uma prova no Qatar.

Mas para começar, há dois dias, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou em conferência de imprensa que o Grande Prémio iria avançar, com cem por cento da capacidade, e com corrida Sprint, só não sabia quando é que seria realizado. Tinha pedido que fosse no dia 14 de novembro, para aproveitar o feriado da República, no dia seguinte, ou seja, adiar por uma semana a corrida, que neste momento está marcada para o dia 7. 

Não há a possibilidade [de cancelamento], só se houver uma situação catastrófica”, reiterou o governador. “Falei, inclusive, com o diretor da Formula 1 [Stefano Domenicali]. Só se ocorrer algo inesperado em todos os sentidos. Estamos muito tranquilos em relação à realização. Fica só a confirmação quanto à data. Por enquanto, é 7 de novembro” disse, citado pelo motorsport.com.

A razão por causa desta indefinição do calendário têm a ver com o que se passa no vizinho do Norte. Com datas por preencher e algumas indecisões em relação a outros lados como o México, a chance de haver duas corridas em Austin, com uma semana de intervalo, é uma possibilidade bem real, também por causa de razões logísticas. Se existir duas corridas em Austin, com ou sem a Cidade do México, poderá ser que a corrida de Interlagos aconteça na data em que o governador Doria quer.

Mas também falta saber como colocarão mais uma data no Médio Oriente, para preencher a quota. Os sauditas já disseram que não se importavam de trocar datas com Abu Dhabi, e o Bahrein também já disse que poderiam receber mais uma corrida em Shakir, dependendo de qual versão a Formula 1 queira. Mas desde há algumas semanas que se fala de um GP do Qatar, em Losail, onde se encaixaria antes do GP da Arábia Saudita, ou seja, em finais de novembro. Há muitas razões para acontecer, e uma delas é para arranjar algo para colocar o país no mapa depois do Mundial de Futebol, que acontecerá no final de 2022. E até teria público. 

Mas apesar de gente dentro da Formula 1 ter dito que essa hipótese não está em cima da mesa, mesmo dentro das autoridades locais, todos falam que essa corrida seria inevitável, e até teria público. E não há mais aquela "clausula de salvaguarda" entre o Bahrein e o Qatar onde, para um ter determinada prova, o outro não poderia tê-la. Aliás, até parece que isso foi uma sugestão do Bernie Ecclestone, como forma de agradecimento à família real barenita pelo dinheiro injetado para receber a Formula 1... 

Com essas chances todas em cima da mesa, a Formula 1 disse que o novo calendário será divulgado "nas próximas semanas", e ali vai-se saber o que será verdade, e o que não acontecerá.

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