segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

The End: Danny Ongais (1942-2022)


Danny Ongais, "o havaiano mais veloz do mundo", morreu neste sábado aos 79 anos de idade, em Anaheim, na Califórnia, anunciou hoje a família. Ele não resistiu a complicações cardíacas. Piloto versátil nos anos 70 e 80 na IndyCar, também teve participações na Endurance e na Formula 1, nas temporadas de 1977 e 78, em carros privados e duas corridas pela Ensign, não conseguindo pontuar.

Nascido a 21 de maio de 1942 em Kahului, no Hawaii, a sua carreira começou em 1960 nas motos, antes de passar para as corridas de "drag" no meio da década, sendo vice-campeão da NHRA em 1966 na classe Top Fuel, batendo  Don “The Snake” Prudhomme. Três anos depois, em 1969, ganhou na classe Funny Car, correndo em carros preparados por Mickey Thompson. Um ano antes, inscreveu um carro para ele nas 500 Milhas de Indianápolis, mas não foi aceite por... falta de experiência.

Apesar desta contrariedade, ele participou em mais de 300 tentativas de recorde de velocidade em diversas categorias, em Bonneville, no Utah.

Nos anos 70, começou a competir nas provas da SCCA (Sports Car Club of America), e em 1974, chamou a atenção de Ted Field, herdeiro do fundador de um dos jornais de Chicago e entusiasta do automobilismo. Field fundou a Interscope Racing, correndo desde a IMSA até a USAC, categoria anterior à IndyCar, passando pela Formula 5000 e em 1977, na Formula 1.

Nesse ano, Ongais participou nas corridas americanas a bordo de um Ensign inscrito pela Interscope, conseguindo um sétimo posto no GP do Canadá de 1977. No ano seguinte, participou nas duas primeiras corridas do ano, com a Ensign, e ainda correu o GP de Long Beach, com um Shadow DN9, sem conseguir se qualificar.

Nesse mesmo ano, conseguiu aquilo que foi uma das suas melhores performances nas 500 Milhas de Indianápolis. Segundo na grelha, liderou por 71 voltas até à 145ª passagem pela meta, quando o seu motor explodiu e acabou ali a sua corrida.  Nesse ano, triunfou em cinco provas, acabando em oitavo na classificação geral.

Em 1979, ao lado de Hurley Haywood, triunfou nas 24 Horas de Daytona num Porsche 935, e mais tarde, em Indianápolis, conseguiu a seu melhor classificação de sempre, com um quarto lugar. 


Mas dois anos depois, também em Indianápolis, sofreu o pior acidente da sua carreira. Na volta 63 das 500 Milhas de Indianápolis, depois de ter saído das boxes, tentava passar um carro atrasado quando bateu fortemente no muro na curva 3 desintegrando o seu carro. Gravemente ferido nas pernas, no braço direito e no abdómen, ficou meses em recuperação até regressar ao volante. Cinco anos depois, em 1987, corria pela Penske quando sofreu um acidente forte na qualificação, obrigando a que ele chamasse Al Unser Sr no seu lugar. Ele foi correr e acabou como triunfador, conseguindo a sua quarta vitória nas 500 Milhas. 

Retirado da competição, em 1996, aos 54 anos, foi chamado para regressar ao cockpit por um motivo forte: a Team Menard precisava de um substituto para Scott Brayton, morto durante uma sessão de testes nas 500 Milhas de Indianápolis. Tinha conseguido a "pole-postion" e pediu a ele se poderia guiar o seu carro. Ele aceitou e apesar de largar da 33ª e última posição, conseguiu fazer uma proba sem erros, acabando na sétima posição. A sua última participação foi em 1998, sem se conseguir qualificar. Dois anos depois, entrou no Motorsports Hall of Fame of America, pelos seus feitos nas categorias em que participou.

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