Mas em 2022, depois de três anos de ausência - a última corrida foi em 2019, o "último ano normal das nossas vidas" - a Formula 1 estava de volta a paragens "do outro lado da Terra. Os engraçadinhos que colocam os seus retratos de cabeça para baixo, ao falar do lugar, parece que acreditam na Sociedade da Terra Plana, mas tudo bem... prefiro falar do regresso de Sebastian Vettel ao carro da Aston Martin e dar uma volta ao circuito numa scooter (e pagar cinco mil euros de multa por desrespeitar as regras, pois circulou logo depois do final do treino) e reparar no violento "porpoising" dos carros da Ferrari - que não os impediu de fazerem os melhores tempos - para ficarmos com uma ideia do que poderá ser a qualificação neste circuito muito rápido, com... quatro zonas de DRS!
Acrescento: antes a qualificação, uma das zonas foi desligada, alegando “motivos de segurança”...
Mas foi debaixo de um céu de inicio de outubro que a Formula 1 os acolheu para a qualificação. E claro, com milhares de pessoas felizes por verem os carros de novo na pista.
Foi alguns minutos dentro da Q1 que Charles Leclerc marcou os seus primeiros tempos, com 1.19,391. O seu colega de equipa, Carlos Sainz Jr., melhorou, mas depois, o monegasco fez 1.18.881. Red Bull, primeiro com Sergio Perez primeiro, e Max Verstappen, depois, saltaram para o topo da tabela de tempos, antes dos Mercedes saírem para a pista e... foram oitavos e nonos, com Lewis Hamilton a ser mais rápido que George Russell.
Foi tudo um mal-entendido: inicialmente, Stroll ultrapassou Latifi e parecia estar a iniciar uma volta rápida, mas acabou por abortar. Poucos metros à frente, o piloto da Williams quis iniciar ele próprio uma volta rápida e enquanto Latifi tentava ultrapassar Stroll, este fechou a trajetória, possivelmente sem ter visto o seu compatriota, e bateu na roda traseira direita do Williams, levando-o a bater no muro. Nicholas Latifi ficou com o carro destruído e Lance Stroll parou um pouco mais à frente, com danos no Aston Martin. Um incidente entre canadianos...
No final, depois de recolherem os carros, os que sobraram, lá saíram para tentar algo nos dois minutos que faltavam. E quando o tempo chegou ao fim, além dos canadianos, ficaram na Q1 Sebastian Vettel - ainda a pagar pelos problemas de ontem - Alexander Albon (que cumpria uma penalização de Jeddah) e Kevin Magnussen.
Chegado à Q2, este começou atrasado porque o carro de Albon ficou parado no final da boxe quase no final da Q1, mas quando retomou, as coisas começaram com os Red Bull a quererem marcar um tempo para seguirem adiante, mas George Russell estragou as coisas, quando seguiu em frente numa das curvas, causando bandeiras amarelas. Sergio Pérez, que teve de abrandar na sua primeira tentativa, na segunda, conseguiu 1.18,340 e foi para a frente da tabela de tempos. Atrás, de modo surpreendente, Fernando Alonso conseguia o terceiro melhor tempo, mostrando que o Alpine parecia estar bem nesta pista. Mais tarde, os Ferrari melhorariam os seus tempos e relegariam o piloto espanhol mais abaixo, mas na frente dos Mercedes. Quem diria!
Na parte final, Yuki Tsunoda saiu de pista quando tentava marcar um tempo que o colocasse na Q3. Não conseguiu, e fez companhia a Pierre Gasly, seu companheiro de equipa, Mick Schumacher, e os Alfa Romeos de Valtteri Bottas e Zhou Guangyou.
Para a fase final, com os Red Bull, Ferrari, Mercedes, Alpine e McLaren, o neerlandês abriu as hostilidades com a marca de 1.18,399, para ser batido por Perez pela menor diferença possível: um milésimo de segundo! Depois, Charles Lelcerc, com uma volta muito boa, melhorou o seu tempo, superando os Red Bull, com 1.18,239, e o primeiro lugar era dele.
Mas a seguir, vieram as bandeiras vermelhas: Fernando Alonso, que tinha estado em destaque na Q2, fazia uma excelente volta quando perdeu o controlo do monolugar na curva 11, seguindo em frente e batendo nas proteções do circuito australiano. Alonso explicou depois que foi por causa do sistema hidráulico, que o impedia de mudar de velocidade. Ele disse depois que ia para um tempo na primeira fila, mas o provável era ser quinto. Quem saiu prejudicado por isso foi Sainz Jr, que ia fazer o seu tempo quando o acidente aconteceu.
Com alguns minutos perdidos para retirar o carro de Alonso, quando recomeçou, ps dois pilotos da Mercedes foram os primeiros a sair para a pista para marcar tempo. Hamilton ficou atrás de Ricciardo, mas Russell conseguiu melhor, com o quarto melhor tempo. Depois, Lando Norris e Hamilton conseguiram melhor, relegando Russell para sexto.
Na próxima madrugada, veremos quem serão os melhores, ou se quiserem, até que ponto a Ferrari aguentará os Red Bull, que tem carro para triunfar em Melbourne.
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