segunda-feira, 25 de abril de 2022

O ponto de situação da Mercedes


Quatro corridas no campeonato de 2022, e a Mercedes está muito longe dos lugares da vitória. Batido por Ferrari e Red Bull, o seu terceiro lugar nos Construtores está ameaçado pela McLaren, que conseguiu um terceiro lugar ontem em Imola, e mesmo na hierarquia atual, o seu lugar é ameaçado pela McLaren, que conseguiu ontem o seu primeiro pódio, com um terceiro lugar por parte de Lando Norris

Para piorar as coisas, dentro da hierarquia da equipa de Brackley, Lewis Hamilton está desanimado. Não teve um bom desempenho, e a sua atitude o deixou fora dos pontos, na sua pior corrida desde 2009, e uma das piores da sua carreira, em contraste com George Russell, que tem andado consistente, tendo saído de Imola na quarta posição do campeonato, e já teve um pódio em Melbourne. 

Com os sinais de alarme a soarem em Brackley, Andrew Shovlin, o diretor de engenharia da marca, já admitiu: se não forem encontradas soluções nas próximas duas corridas em relação ao chassis W13, a Mercedes fica arredada do título de pilotos e Construtores.

Sabemos onde estamos no desempenho neste momento e sabemos para onde precisamos de ir. No entanto, há algumas questões importantes com o carro que, se conseguirmos corrigir, podemos encontrar muitas dessas lacunas muito rapidamente, mas o tempo está a tornar-se crítico agora. Precisamos avançar nas próximas duas corridas se quisermos manter os líderes dentro de qualquer tipo de alcance este ano”, começou por dizer, antes de referir as prestações de ambos os pilotos.

Foi uma grande corrida do George [Russell] com um bom quarto lugar. De outra forma teria sido um fim-de-semana completamente dececionante. Começou muito bem e geriu muito bem a transição para o seco. Tivemos um problema com os reguladores da asa da frente na paragem nas boxes e ele acabou por conduzir o stint seco com o equilíbrio aerodinâmico para o molhado. Foi um esforço impressionante manter Valtteri [Bottas] atrás, mas a subviragem impediu-o de conseguir encurtar as diferenças para o Lando [Norris], pelo que teve de se contentar com o quarto”, comentou.

Lewis teve um fim-de-semana duro do princípio ao fim, sem culpa própria”, acrescentou Shovlin. “A partida foi OK e ele tinha subido para 11º depois do incidente entre Daniel [Ricciardo] e Carlos [Sainz], mas fomos prejudicados na mudança de pneus por um par de carros, perdemos um pouco de tempo com uma paragem lenta e depois para Esteban [Ocon], que foi libertado no caminho de Lewis quando saíram das boxes. As 44 voltas seguintes foram muito frustrantes, pois estava preso num comboio DRS e era impossível passar”, concluiu.


Contudo, sobre a última parte, Nico Rosberg tem outra ideia: o ex-campeão do mundo de 2016 afirma que não passa de um jogo mental, para, por um lado tirar pressão sobre Hamilton, e por outro, para fazê-lo estimular, lutar por cada posição, porque ele afirma que o britânico baixou os braços neste seu primeiro grande obstáculo. Pelo menos em Imola. 

Aqui, Toto estava a jogar o jogo mental que é muito inteligente”, começou por dizer o alemão. “Assumindo a culpa e tentando realmente apoiar Lewis mentalmente. Levantá-lo e dizer que não foi culpa do Lewis, é culpa é da equipa. É muito inteligente porque não é bem a verdade e não esqueçamos que Russell foi quarto com aquele carro, por isso Lewis teve culpa no resultado deste fim-de-semana.

A Formula 1 regressa à acção dentro de duas semanas em Miami, a 8 de maio. 

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