E por fim, a Formula 1 estava em Miami. Pela primeira vez desde 1984, a America tinha duas corridas em seu solo, e prepara-se para ter mais em 2023, graças a Las Vegas, provavelmente numa corrida noturna, apara aproveitar os neons de Las Vegas - o que significará que a corrida poderá acontecer na madrugada de... segunda-feira! - e logo, o pessoal da Liberty Media decidiu montar um espetáculo tipicamente americano, onde a substância pode ir para o espaço em nome do espalhafato. Se alguém alguma vez pensar porque as cores favoritas daquele espaço são o magenta e o cyan, já sabem o porquê. Aliás, isso está no equipamento do seu clube de futebol... "soccer" na América, porque eles correm à volta do estádio de "fottball", aquele que é jogado com as mãos.
Mas naquele domingo de calor, houve momentos onde a chuva fez a sua aparição, parecia que, apesar de todas estas coisas, pouca gente pensava no campeonato. Se a Ferrari iria aguentar Verstappen tempo suficiente para recuperar alguns dos pontos que Leclerc perdeu em Imola.
Na partida, Leclerc sai bem e mantêm o primeiro lugar, enquanto Max Verstappen pressionou Carlos Sainz Jr e ficou com o segundo posto. Atrás, Lewis Hamilton perdeu o sétimo lugar a favor de Fernando Alonso. Mas pior ficou George Russell, que caía para 15º na classificação. Pouco depois, quando o DRS foi ativado, Hamilton recuperou a posição, e era sexto na segunda volta da prova.
A partir daqui, as coisas andaram calmas, com o monegasco a ir embora de Verstappen, que claro, estava entre os Ferrari. Um pouco atrás, Hamilton, já liberto de Alonso, foi atrás de Bottas, que tinha o quinto posto no seu Alfa Romeo. Em contraste, na sétima volta, Guangyou Zhou foi o primeiro a abandonar quando o seu carro começou a mostrar problemas no seu motor.
Na nona volta, o neerlandês da Red Bull já estava em cima do Ferrari no monegasco e aproveitou para o passar para a liderança. E na volta 12, as primeiras paragens nas boxes, com Yuki Tsunoda, que trocava de pneus para duros, para ver se conseguia ou ir até ao fim, ou então, fazer a segunda paragem mais tardar possível. O pessoal do meio do pelotão começou a trocar nas voltas seguintes, com Lando Norris a parar na volta 19, um dos primeiros dos da frente a trocar de pneumáticos.
De repente, na volta 21, Perez começa a queixar-se da potência do motor e ele, que ia atrás de Sainz para o terceiro lugar, via-o fugir. Ele tentou ajudar a potência do carro, e no final, ele lá conseguiu manter o carro a andar, tentando recuperar os metros perdidos para o piloto espanhol da Ferrari. Por esta altura, os seis primeiros ainda não tinham ido às boxes e trocado de pneus.
Só na volta 25 é que Leclerc foi às boxes para trocar. A paragem foi lenta e perdeu tempo atrás de Verstappen, regressando à pista na quarta posição. Duas voltas depois, foi a vez de Verstappen, que saiu melhor e manteve a posição, na frente de Leclerc. Agora, a diferença entre ambos era de 7.5 segundos e parecia que só se um deles tiver problemas é que isto se alteraria. E na volta 28. Sainz e Perez paravam ao mesmo tempo, com o piloto da Ferrari... a sair pior. Mas não perdeu o terceiro posto.
E a partir daqui, a corrida caiu na modorra. Não caiam misseis como em Jeddah, ou a chuva não iria fazer nova aparição, mas a corrida não era aquela emoção que esperavam. Mas perto da volta 37, tem a informação de que a chuva poderia estar a caminho do local do circuito, logo, estavam atentos ao que vinha por aí.
E não se sabe se tinha a ver com o tal aviso de tempestade, mas na volta 40, Alonso e Gasly tocaram-se, mas sem consequências. E na volta 42, o francês bateu forte em Lando Norris, acabando com o piloto da McLaren fora de pista, e sendo o segundo abandono da prova. Primeiro, um Virtual Safety Car, depois um Full Safety Car, que juntava toda a gente. Tempo suficiente para Sergio Perez ir às boxes para colocar médios, ao mesmo tempo que a Ferrari ficou na pista, enquanto esta era limpa dos destroços do McLaren.
Atrás, a organização decidiu dar mais cinco segundos a Alonso por ele ser responsável pelo acidente com Gasly, e as coisas pareciam demorar muito - tempo suficiente para os carros que tinham uma volta de atraso se desdobrassem. Na volta 46, a onze do final, o Mercedes vermelho saiu de pista a recolheu-se às boxes, recomeçando a prova.
No recomeço, nova retirada: o Alpha Tauri de Pierre Gasly retirava-se da prova com problemas no seu carro. Na frente, Verstappen aguentou Leclerc na luta pelo primeiro posto enquanto atrás, Perez andava a cheirar a traseira de Carlos Sainz Jr, despertando o interesse na corrida para saber se conseguia ficar com o lugar mais baixo do pódio. Ainda mais atrás, Bottas era pressionado pelos dois Mercedes, e na volta 49, travou mais tarde e viu passar ambos os carros, perdendo o quinto posto. Mas entre os pilotos da Mercedes, Russell era melhor que Hamilton e era quinto.
Entre os da frente, Verstappen aguentava Leclerc e parecia ter tudo controlado. Perez fazia de tudo para passar Sainz e mais trás, Mick Schumacher deu um toque a Sebastian Vettel na sue luta pelo nono posto, beneficiando Esteban Ocon, para ser nono. Ambos os alemães foram às boxes, com Vettel a retirar-se por causa da quebra no radiador do seu Aston Martin. E quem se beneficiava era Alex Albon, décimo na corrida e a conseguir mais um ponto para a Williams.
Mas na frente, Max conseguia aguentar Leclerc e conseguia a sua segunda vitória consecutiva e a terceira no campeonato, desempatando na luta com Charles Leclerc. O monegasco continuava na frente do campeonato, tudo controlado do seu lado, enquanto Carlos Sainz Jr ficava com o lugar mais baixo do pódio, depois de passar Sergio Perez. Russell e Hamilton eram quinto e sexto, de uma certa forma, respeitando a hierarquia atual. Bottas era o sétimo, os Alpine de Alonso e Ocon eram oitavo e nono, e Alex Albon ficou com o ponto final.
Agora é Leclerc com 104, contra os 86 de Verstappen. A Ferrari parece ter tudo controlado, mesmo que a Red Bull volte a triunfar em Barcelona, daqui a duas semanas.
E claro, não choveu a tempo de mexer a corrida.
Como rescaldo, pode-se dizer que Miami não entusiasmou. A expectativas, os "hypes" foram os que foram, mas apesar das batidas, há circuitos que foram bem mais excitantes. Esta, como amostra inicial, não se tornou numa coisa inesquecível. Mas a Formula 1 está na América, e era o que a Liberty Media queria.
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