Na história da Formula 1 em Portugal, nos 12 anos em que coreu no Estoril, apenas um piloto fez a sua estreia. E foi Philippe Streiff, na edição inaugural de 1984, a única que aconteceu como a última corrida do ano. E foi a penúltima ocasião, também na história da Formula 1, em que uma equipa inscreveu um terceiro carro.
O objetivo desta oportunidade para ele? Aparentemente seria testar a câmara onboard, que teria no seu carro. Mas como podem ver na imagem, ele não existe. Logo, a outra chance de que isto poderia ser uma recompensa pela temporada que tinha feito, não está muito longe.
Streiff - que morreu na quinta-feira passada, aos 67 anos - teve uma temporada de 1984 muito preenchida. Era piloto da Formula 2 pela AGS, onde tinha sido quarto classificado e triunfara em Brands Hatch, a última proa do campeonato, e durante muito tempo, tinha sido o último vencedor da história da Formula 2, antes das suas reposições em 2009 e 2017. E para além disso, foi correr nas 24 Horas de Le Mans onde alcançou o lugar mais baixo do pódio num Porsche 956 da John Fitzpatrick Racing, com o britânico David Hobbs e o aul-africano Sarel van der Merwe.
Streiff conseguiu um 13º posto na sua estreia com o Renault RE50 - pior que Patrick Tambay, o sétimo na grelha, e Derek Warwick, nono - andou nos lugares intermédios até acabar por desistir, na volta 48, por causa de problemas de transmissão no seu carro. Não deslumbrou, mas também não desiludiu. Contudo, para 1985, não arranjou lugar na Formula 1 até meio do ano, decidindo correr na nova Formula 3000, continuando pela AGS, enquanto procurava uma chance na categoria máxima do automobilismo. Só encontrou na parte final do ano, em circunstâncias bem atribuladas, e com resultados... atribulados.
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