O carro aparenta ser uma evolução do SF-75, o carro anterior da marca, segue a filosofia de flancos largos, mas aparentemente mais curtos, ao passo que as entradas para os radiadores são mais pequenos. E espera-se que a unidade de potência tenha resolvido os seus problemas que o afetaram ao longo da temporada passada, que deixaram os seus pilotos em situações embaraçosas, que comprometeram na sua luta pelos campeonatos de pilotos e construtores.
“As unidades motrizes foram congeladas desde o ano passado, incluindo fluidos, petróleo e combustível, e as únicas modificações permitidas são as relacionadas com a fiabilidade, que foi o nosso calcanhar de Aquiles na época passada”, começou por afirmar Enrico Gualtieri, chefe do departamento de unidades motriz da Ferrari.
“Concentrámo-nos no motor de combustão interna e nos motores elétricos. Simultaneamente, tentámos capitalizar a experiência adquirida nas pistas na época passada e analisámos todas as reações e sinais de fraqueza dos componentes da unidade que utilizámos. Também revimos os nossos procedimentos de montagem. Tentámos compreender as causas profundas dos problemas que encontrámos na pista e utilizámos todas as nossas ferramentas disponíveis para tentar resolvê-los. Envolveu todas as áreas, desde a conceção à experimentação para tentar e testar novas soluções num espaço de tempo muito curto. O trabalho nunca termina, com base na melhoria contínua dos componentes para tentar alcançar o nível de fiabilidade exigido”, concluiu.
“No lado aerodinâmico, aumentamos o downforce, para nos adaptarmos mais às novas normas e alcançar as características de equilíbrio desejadas. A suspensão também foi redesenhada, para apoiar a aerodinâmica e aumentar a gama de ajustes que podem ser feitos ao carro na pista. As mudanças mais óbvias encontram-se na área da suspensão dianteira, onde temos agora uma barra de direção mais baixa. A asa dianteira também difere, tal como a construção do nariz, enquanto a carroçaria é uma versão mais extrema do que vimos na época passada”, afirmou.
“No simulador as sensações são positivas – há algumas diferenças comparado com o carro anterior, por isso precisamos de adaptar um pouco o estilo de condução – mas no geral a sensação é boa. Parece que as fraquezas que tivemos no ano passado são menos evidentes este ano, que é o objetivo, mas ainda precisamos de esperar. Queremos melhorar – o ano passado foi um bom passo em frente, precisamos de fazer o mesmo este ano e esperamos conseguir o campeonato, que é o alvo para toda a equipa e é o alvo para mim também. Precisamos conseguir mais vitórias, esperamos ser mais consistentes desde a primeira até à última corrida”, disse o monegasco.
Depois da apresentação, o carro foi para a pista em Fiorano, e os pilotos aparentemente ficaram felizes por andar nele. Depois, seguirá para o Bahrein, primeiro para os testes coletivos, depois para a primeira corrida do ano, a 5 de março.
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