segunda-feira, 29 de maio de 2023

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As 500 Milhas de Indianápolis são dos melhores espetáculos do mundo. Mesmo que o inicio seja muito americano - demasiado para alguns estômagos - no final, o que o povo gosta é a espontaneidade. Dos pilotos, especialmente. Mas também os gestos da organização são dignos de louvor. 

Que assistiu à corrida sabe que a primeira parte foi algo semelhante a uma corrida de paciência, com os pilotos a obedecerem a estratégias para poderem estar na melhor posição possível para as 50 voltas finais. Aliás, quase ficamos com metade da corrida sem acidentes, e bandeiras amarelas. 

A grande maluquice (se quisermos) aconteceu a partir da volta 150. As bandeiras vermelhas apareceram três vezes nas últimas 30 voltas, mas no final, que recomeçou a três voltas da meta, deu para uma última passagem emocionante, onde Joseph Newgarden passou Marcus Ericsson - que quase ganhou a corrida pela segunda ocasião consecutiva (!) - e no final, conseguiu triunfar. Pela primeira vez, o piloto da Penske triunfou... e foi comemorar para o meio da multidão, de forma espontânea, para alegria de todos, quer na pista, quer em casa, quer no grande edifício, onde o "capitão", que agora era o dono da IndyCar, estava feliz por mais um triunfo. 

E a senhora a beijar o Brickyard? Bom, a história poderia ter começado mal, mas acabou bem. 

Tudo começou quando outro sueco, Felix Rosenqvist perdeu o controlo do seu McLaren na Curva 1 - aparentemente, escorregou o seu carro, mas pode ter tido um problema na sua direção - bateu e entrou um pião, atingindo o Andretti de Kyle Kirkwood, que capotou na curva 2, e raspou o roll-bar no solo por mais de 200 metros. Eles saíram incólumes, mas no choque, uma das rodas de Kirkwood foi arrancada e saltou para fora da pista. Temeu-se que caísse na bancada, mas falhou por sorte. Acabou por cair no parque de estacionamento, caído num carro. Um Chevrolet Cruze branco. Amolgou o guarda-lamas e pouco mais.

Cedo, os organizadores descobriram o proprietário do carro. Que afinal, era uma proprietária. E no final do dia, no pôr do sol, deram-lhe uma visita que não poderia esquecer. E era daquelas que adoram as 500 milhas, porque... já repararam no que tinha vestido? Um vestido xadrez!

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