quarta-feira, 13 de setembro de 2023

A(s) image(ns) do dia




Em 1998, a McLaren parecia ir a caminho de um título mais que antecipado. Contudo, a Ferrari tinha Michael Schumacher, e com ele, gente como Jean Todt, Rory Bryne e sobretudo, Ross Brawn. Apesar de todas as tentativas de Maranello contrariar o domínio de Woking, quando a Formula 1 chegou a Monza, a Ferrari tinha feito excelentes corridas de recuperação, especialmente na Hungria, onde o alemão andou 23 voltas de qualificação para apanhar Mika Hakkinen e triunfar.

E em terras italianas, Schumacher e Ferrari queriam mostrar que eram os únicos que poderiam contrariar os carros cinzentos. Começaram nos treinos ao conseguirem a pole-position, ainda por cima, com Jacques Villeneuve a ser segundo, no seu Williams. Os McLaren ficaram apenas na segunda linha, e tinham de fazer algo para reagir na corrida. 

E foi o que aconteceu. Na partida, Hakkinen foi para a frente, com Schumacher a cair para quinto, porque conseguiu uma péssima partida. O alemão recuperou para terceiro, e os McLaren pareciam que iriam embora, mas quando Coulthard o passou na oitava volta, não se sabia que o finlandês passava por um drama com os seus travões. Pior ainda foi o que aconteceu com o escocês, que teve o seu motor rebentado na volta 16, e atrás, Hakkinen, que ajustava os seus travões para tentar resolver os seus problemas, era passado por Schumacher, que estava a carregar para chegar à liderança.

Claro, o finlandês reagiu. Não deixou escapar o alemão, e a diferença foi pequena, ao ponto de, na volta 45, ter feito o melhor tempo em corrida. Ele estava no limite,  ao ponto de na volta 48, a menos de três segundos do alemão, ter falhado a travagem para a Roggia e despistado, porque os seus travões tinham o traído. As bancadas entraram em delírio, e ficaram ainda mais quando se despistou novamente, ficando fora do pódio. O quarto lugar final foi o possível, mas acima de tudo, a Ferrari estava feliz porque tinha, conseguido. Estavam com os mesmos pontos que o finlandês, 80 cada um, seis vitórias para cada lado. 

E foi uma sorte, porque Hakkinen tinha tudo para sair dali sem qualquer ponto. E para a Ferrari... glória, 10 anos depois da última dobradinha, com Gerhard Berger e Michele Alboreto.

A duas corridas do fim, tudo indicava que ambos os lados iriam dar tudo para alcançar o título. E a Ferrari, sobretudo os comandados de Maranello, mostravam também que tinham o melhor de tudo e se esforçavam realmente para alcançar um título que não era seu desde 1979.   

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...