Não há muito tempo para respirar nesta Formula 1 atual. Afinal de contas, ainda estamos no rescaldo do GP mexicano - e os seus mexericos - e os aviões despejaram os seus conteúdos no aeroporto de Guarulhos, rumando de estrada para Interlagos. Afinal de contas, acontecia um GP no Brasil, um dos lugares mais tradicionais da Formula 1, algo que demorou meio século para lá chegar.
E aqui, neste final de semana, tínhamos corrida sprint, ou seja, a qualificação para domingo iria acontecer na sexta-feira. E dos dias deste fim de semana, este seria... o pior. É que se previa cerca de 60 por cento de possibilidades de chuva, e o tempo estava cinzento nos céus de São Paulo, à medida que se aproximava da hora da qualificação.
Contudo, quando as luzes ficaram verdes, todos julgavam que seria na altura em que iria chover. O que não aconteceu.
Oscar Piastri foi o primeiro piloto a completar a volta rápida na Q1, passando a ser a referência com 1.11,494, mas logo a seguir, Max Verstappen colocou 1.10,436, ficando no topo da tabela de tempos, seguido por Lando Norris, com 1.10,623. Trocando de pneus para moles, na parte final desta primeira parte, todos correram para a pista, receando serem apanhados pela chuva. Charles Leclerc chegou a estar na frente da tabela de tempos, com 1.10,472, para depois, George Russell passar ao primeiro lugar com 1.10,340, enquanto Nico Hulkenberg estava nos três primeiros e saía da zona de eliminação.
Quem não conseguiu escapar da eliminação foram os Alpha Tauri de Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda, que se juntaram ainda os Sauber-Alfa de Valtteri Bottas e Zhou Guanyu, bem como o Williams de Logan Sargent.
Sendo assim, passamos para a Q2, com a pista ainda seca, suficiente para que as equipas usem ainda mais os pneus moles, porque é esta a oportunidade.
Quando começou, os Red Bull oram os primeiros a entrar na pista, e claro, os primeiros a marcar tempos, com Max a conseguir 1.10,162. Mas entre eles ficaram os McLarens de Norris e Piastri. Lewis Hamilton conseguiu o sexto melhor tempo, prejudicado por uma traseira que fugiu e não colaborou muito.
Logo depois, George Russell ascendeu ao segundo lugar, a 154 centésimos do tempo de Verstappen, tendo sido batido pouco depois pelo registo de Carlos Sainz Jr. Pouco depois, Lando Norris faz 1.10,021 ficando no topo da tabela de tempos, mantendo os quinze pilotos separados por menos de um segundo. O que era incrível.
No final, quem ficou de fora foram os Haas de Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen, os Alpine de Esteban Ocon e Pierre Gasly, e o Williams de Alexander Albon, que depois de ter tido um tempo para passar, e depois foi anulado por ter excedido os limites da pista, decidiu ficar nas boxes quando o tempo acabou.
Com isso, todas as equipas tinham as suas táticas. Max foi o primeiro a sair e claro, o primeiro a marcar um tempo de 1.10,727. A seguir, alguns pilotos tentaram marcar os seus tempos, mas a chuva já caía, e alguns pilotos decidiram levantar o pé. Como Oscar Piastri, que se despistou, obrigando Sérgio Pérez a abrandar, porque ia atrás dele.
E se alguns abrandavam, outros davam tudo. E a Aston Martin pagou bem alto a sua aposta. Lance Stroll conseguiu um tempo 697 centésimos, sendo batido apenas por Max, antes de Leclerc marcar 1.11,021. E Alonso foi quarto, não muito longe de ambos, e dando o melhor resultado de conjunto da Aston Martin desde a corrida da Arábia Saudita.
E não houve mais tempo, porque as nuvens desabaram, causando tempestade. A quatro minutos do fim, sabia-se que não haveria mais chances e os comissários deram a qualificação por terminada. Poderia ter havido alguma combinação entre a Formula 1 e a meteorologia para aguentar o mais possível, mas a tempestade não ligou a isso e caiu. Os gringos ficaram espantados com o tempo em São Paulo, mas para os locais... é sexta-feira. Apesar dos estragos causados pela tempestade, que deu cabo dos tetos de algumas bancadas, mas sem danos humanos de monta.
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