Em 1958, depois de uma experiência como navegadora, decidiu pegar no volante e correr nos carros do grupo Rootes, especialmente o Sumbeam Imp. E em 1965, conseguiu algo inédito: ganhar o Rally Tulip, que partia e chegava aos Paises Baixos, e no meio de 180 concorrentes, acabou por ser a vencedora, sendo a segunda mulher a ganhar, depois de Pat Moss, irmã de Stirling Moss, em 1962, num Mini Cooper.
No ano seguinte, ganhou o Rali de Monte Carlo, na classe das senhoras, mas a organização decidiu desclassificá-la, algo que achou "injusto" e do qual pensou em largar a competição. Mas a vontade passou e nos anos seguintes, ganhou o Cork Rally e o Rali da Escócia.
Depois de ter fundado uma escola de condução, parecia ter-se dedicado à reforma, mas em 2017, surgiu um convite que não pode recusar: ir para Paul Ricard, onde foi guiar um Renault de Formula 1. A experiência de lidar com 800 cavalos deverá ter sido inesquecível, especialmente quando na altura tinha... 79 anos, a caminho dos 80. E aparentemente, deu-se muito bem. E claro, ela gostou, especialmente quando foi com uma atitude de aceitar desafios.
Smith, uma das mulheres-piloto do seu tempo, e nascida a 7 de agosto de 1937, em Dublin, morreu nesta terça-feira aos 86 anos, depois de algum tempo a batalhar contra um cancro. Soube mostrar a sua fibra. Ars longa, vita brevis.
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