"Hemos sufrido, hemos luchado pero sobre todo, hemos disfrutado.
¡Qué gran sensación cruzar la meta y poder celebrar con todos aquellos que lo han hecho posible! Gracias de corazón."
(Sofremos, lutamos, mas sobretudo, disfrutamos.
Que grande sensação é cruzar a meta e poder celebrar com todos aqueles que fizeram este momento possível! Muito obrigado, do fundo do coração.)
Estas foram as palavras de Carlos Sainz na sua conta de Twitter (agora X) depois de ter cruzado a meta depois de ganhar o Dakar de 2024, a bordo do seu Audi híbrido. E de uma certa forma - não creio que tenha feito isso - mas até tem um sentido de vingança depois de um dos seus rivais, o qatari Nasser Al Attiyah, ter dito que duvidava que os Audi passassem da quarta etapa... curiosamente, foi ele que ficou cedo pelo caminho.
E ele, aos 61 anos - comemorará os 62 no próximo dia 12 de abril - torna-se no piloto mais velho a ganhar uma corrida sancionada pela FIA, e logo o seu quarto Dakar, mais de 30 anos depois de conseguir o seu bicampeonato do Mundo de ralis, ambos num Toyota Celica. E por momentos, os holofotes são desviados do seu filho, que estava na meta a celebrar o triunfo de "El Matador", seu pai.
Sempre gostei de Sainz Sr. Há quase 40 anos, no vale do Jamor, na primeira especial do rali de Portugal e 1987, um Ford Sierra Cosworth com as cores da Marlboro España deslumbrava e dava cabo da concorrência dos Lancia, que começava o seu domínio no WRC, com os seus Deltas de Grupo A. Foi mais um espectáculo, mas era um aviso a aquilo que iria fazer. Três anos depois, num Toyota Celica de Grupo A, comemorava o primeiro dos seus dois títulos, e a Espanha tinha alguém para celebrar e colocar o seu país nas bocas do mundo.
E ao longo dos anos, ele não desiludiu. Mesmo quando ele teve a mais cruel das derrotas, em 1998, com o motor a explodir a 300 metros da meta, na última especial, quando tinha tudo para alcançar o terceiro título mundial, também pela Toyota. E quase 20 anos depois do último rali do WRC, e a sua transição bem sucedida para o Todo o Terreno, e as vitórias no Dakar. E claro, a ascensão do seu filho aos monolugares, até à Formula 1, onde é piloto da Ferrari.
Aliás, ele disse que estava orgulhoso do feito do seu pai.
“2024 começou bem e agora temos de continuar assim na família Sainz”, disse o piloto da Ferrari. “Não conseguem imaginar o orgulho que temos nele como pai, marido, tudo. Foi um Dakar muito longo, um Dakar muito duro, com todos os tipos de terreno, todos os tipos de etapas, algumas novas como a etapa de 48 horas, que foi muito dura.”
“Houve de tudo e ele conseguiu superar tudo. Nas etapas chave foi também onde ele esteve melhor, e isso mostra que ele veio muito bem preparado e motivado. O Dakar foi perfeito, ele fez o Dakar mais inteligente que já o vi fazer na minha vida. Soube geri-lo na perfeição e mostrou a sua experiência. Pedi-lhe para não atacar todos os dias porque o Dakar é uma corrida de resistência e ele gosta de atacar. Ele teve de atacar muito para ganhar, mas foi mais inteligente do que todos os outros e geriu a corrida como só ele sabe fazer.”
“Era um projeto muito ambicioso da Audi, mas à terceira foi de vez. Fizeram um Dakar perfeito, tanto ele como a Audi, e acho que merecem porque foi uma corrida impressionante desde o primeiro dia.”, concluiu.
Poderemos pensar no "Ano dos Sainz"? Seria fantástico, mas Carlos Jr já não é piloto da Red Bull...
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